Agentes ajudam em resgate de vítimas de acidente

Um treinamento de combate a incêndio e de resgate de pessoas para 19 agentes penitenciários do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, realizado nesta sexta-feira, 07 de julho, acabou oferecendo aos instrutores do Corpo de Bombeiros Militar uma chance de orientar os servidores da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) sobre procedimentos de socorro a acidentados.

Acostumados a frequentes deslocamentos por estradas e vias públicas para escoltas e transferência de presos, os agentes auxiliaram vítimas de um capotamento real de uma pequena caminhonete na rodovia que passa em frente ao estabelecimento prisional.

“A atuação dos agentes foi perfeita. Conseguiram manter a calma e souberam executar todas as técnicas de atendimento no que se refere a mobilização e condução”, elogiou o sargento bombeiro Ronan Brito, um dos instrutores do 3º edição do Curso de Primeiros Socorros e Combate a Incêndio para agentes penitenciários da unidade prisional.

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Os sargentos Gláucio Gomes e Ronan Brito, acompanhado de três alunos do curso, chegaram de carro ao local do acidente em menos de cinco minutos, com todos os equipamentos necessários para o atendimento pré-hospitalar disponível no Presídio Martinho Drumond.

Lucas Alvarenga, 27 anos, foi um dos três alunos que prestou os primeiros socorros para o rapaz do Montana. “Todo o aprendizado do curso colocamos em prática para ajudar estes dois jovens. Lamento por eles e pela família, fizemos o melhor possível”, conta.

A ambulância do Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, e já encontrou as duas vítimas na maca com o colar cervical e recebendo ajuda dos sargentos.

Fogo

Os alunos retornaram para Presídio Inspetor José Martinho Drumond, onde continuaram a parte prática do curso de 16h/aula, realizado durante dois dias.

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Utilizaram extintores de incêndio e ainda houve a simulação de um incêndio em uma das alas da unidade prisional com queima de colchões de espuma e pedaços de lençol. Os alunos fizeram resgate, utilizaram mangueiras e “resgataram” duas vítimas.

Para o diretor-geral Caio Sérgio Lopes este treinamento é de extrema importância para a segurança da unidade. “Estamos investindo em capacitação, pois de nada adianta termos equipamentos se não tivermos pessoas qualificadas.”

O agente penitenciário e coordenador da brigada de incêndio, Anderson Junio, chama a atenção para as peculiaridades de um incêndio em um presídio ou penitenciária. “O brigadista precisa ter cuidado com a possibilidade de um motim ou rebelião e agir junto ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) para evitar que os presos se aproveitem da situação, mesmo que o incêndio não tenha sido provocado por eles.”

Por Bernardo Carneiro

Crédito fotos: Marcelo Santana/Imprensa MG