Minas Gerais já conta com cerca de 50 unidades em pleno funcionamento.
As APAC’s são associações autônomas criadas dentro dos municípios. Para
o Subsecretário de Administração Penitenciária, Agílio Monteiro, o
sistema é o que há de mais moderno e eficiente em termos de recuperação
de detentos e, na sua avaliação, é a solução para o problema
penitenciário em Minas e no Brasil.
Segundo o subsecretário, a criação de APAC´s no Estado é uma orientação
de sua gestão à frente da pasta, “tanto é que, para tal, criamos uma
assessoria especial dentro da subsecretaria de Administração
Penitenciária para facilitar a criação destas associações. Esperamos
criar, até o final do governo, um número significativo de APAC’s que
atendam pelo menos os municípios de grande porte do Estado”, diz
Segundo dados, a média de ressociabilização de sentenciados em
presídios convencionais no Brasil é de 15% e a mundial em torno de 31%.
Em contraponto, o índice de recuperação das APAC’s é de 92%. “Enquanto
um sentenciado custa ao Estado de R$ 800,00 a R$ 1,6 mil, nas APAC’s
este valor cai para R$ 350,00, com possibilidade de serem
auto-suficientes, já que essas associações trabalham no sistema de
voluntariado”, diz o subsecretário.
Metodologia
O método APAC consiste na valorização do sentenciado, colocando o ser
humano em primeiro lugar. O trabalho é voltado para a reformulação da
auto-imagem do recuperando —chamá-lo pelo nome, conhecer suas
histórias, interessar-se por suas vidas, sua sorte, seu futuro,
investindo na educação e no estudo e, principalmente, mantendo seus
laços familiares. Quando a família se envolve e participa da
metodologia, ela é a primeira a colaborar no sentido de que não hajam
rebeliões, fugas e conflitos.