O Rua Livre, projeto integrante do Programa Aliança pela Vida que consiste no acolhimento de usuários, encaminhamento para tratamento e ocupação de locais de consumo e venda de drogas, alcançou 86% de adesão nos cinco primeiros meses de atividade. De agosto a dezembro, 207 usuários foram abordados e 178 aceitaram o tratamento depois de ações realizadas em Belo Horizonte, Santa Luzia, Contagem, Jaboticatubas e Lagoa da Prata. Entre os que aderiram ao tratamento, a taxa de permanência chegou a 63%.
Os números são classificados como expressivos pelo subsecretário de Políticas Sobre Drogas, Cloves Benevides, que destaca ainda a retaguarda assistencial que cerca o modelo mineiro de diminuição das cenas de uso de droga no estado. Entre os usuários abordados, a faixa etária de 30 a 59 anos teve o maior número de atendimentos, totalizando 115 pessoas (56%). Também foram acolhidos 86 usuários entre 15 a 29, dois de até 15 anos e quatro acima dos 60 anos. O público do sexo masculino representa 86% e o crack lidera o ranking das dependências entre os atendimentos, seguido do álcool e do tabaco.
Para 2012, a previsão é que Rua Livre tenha orçamento de 2,7 milhões e seja estendido para demais regiões do Estado. “A integração das ações, o fortalecimento da parceria com as entidades sociais e a ampliação do atendimento as pessoas, são conquistas do Programa Aliança pela Vida e colocam Minas Gerais em posição de vanguarda no enfrentamento de um problema que afeta não somente Minas Gerais, mas todo o país”, ressalta o subsecretário Cloves Benevides.
SOS Drogas e Cartão Aliança pela Vida
Outra vertente do programa Aliança pela Vida, o SOS Drogas (155), cresceu mais de seis vezes ao longo do último ano: foram 13 mil ligações de janeiro a julho contra 83 mil de agosto a dezembro. Em Minas, quem disca o número 155 tem informações sobre a localização e o acesso a serviços de assistência ao dependente químico. Para atender casos de urgência, as atendentes contam com suporte da equipe especializada do SOS Drogas, formada por psicólogo e assistente social, com atendimento in loco, e orientações de acordo com a necessidade de cada caso.
Em 2011, também foi lançado o Cartão Aliança Pela Vida que tem como objetivo dar auxílio financeiro, em caráter temporário, às famílias que assumirem as despesas de tratamento de usuários de drogas, sobretudo o crack. O prazo máximo de concessão do auxílio é de nove meses, sendo que este só é autorizado à família do usuário que esteja internado, em caráter voluntário, em entidade especializada e credenciada pelo Estado para o tratamento. O auxílio, de R$ 900, é pago mediante atestado de frequência do dependente e o valor voltado para o tratamento – R$810 - pago diretamente à instituição responsável. Os R$ 90 restantes são destinados à locomoção e alimentação dos familiares dos atendidos.
Aliança pela Vida
O Programa Aliança pela Vida foi lançado em agosto de 2011 e representa uma parceria do Governo de Minas com entidades da sociedade civil para fortalecer a luta contra as drogas. As ações do programa são voltadas para o atendimento de usuários, dependentes de drogas e seus familiares, e à capacitação de profissionais de saúde e da área de assistência social.
O programa é um dos resultados do decreto assinado pelo governador Antonio Anastasia, em fevereiro de 2011, determinando a aplicação de até 1% do orçamento de órgãos e secretarias do Estado que desenvolvam programas sociais a projetos de prevenção e combate às drogas. “Os Resultados do Programa Aliança Pela Vida, nas diversas áreas de Governo, são resultado da coragem e determinação do Governador Antonio Anastasia no enfrentamento do tráfico e na ajuda às famílias que sofrem“, salienta o secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada.
Setenta projetos de entidades sociais parceiras que desenvolvem projetos voltados para jovens que queiram abandonar o tráfico também foram selecionados no último ano. Cada projeto conta com recursos do Governo de Minas para desenvolver ações de mobilização social voltadas para a prevenção e o combate às drogas.