Os presos cantaram músicas de autoria do grupo, apresentadas geralmente durante esquetes de teatro, que tratam de temas como preconceito, drogas e criminalidade. Neste show, foram duas canções, acompanhadas de forma calorosa pelo público. “Essa é uma oportunidade única pra nós. Por meio de apresentações como esta, ajudamos as pessoas a se conscientizarem sobre atos que não devem ser cometidos e também mostramos que o preconceito pode e precisa ser quebrado”, ressalta o detento Claudinei dos Santos, 30 anos, um dos compositores do Vida Nova. No show da Praça da Estação, ele cantou a canção “Na diferença somos todos iguais”.


Frederico Martins Pádua, 28, também acredita no papel transformador das apresentações do Vida Nova. Preso do regime fechado e um dos fundadores do grupo, ele acredita que “a arte toca as pessoas quando imita a vida”. De acordo com Frederico, com os trabalhos do teatro, todos os detentos participantes têm sido valorizados e respeitados de uma outra forma pela sociedade. “Vários jovens, depois de apresentações, chegam para nós e dizem que aprenderam muito com os alertas dados pelas nossas músicas e nossas interpretações.” 

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Gravação de CD

 


O show na Praça da Estação foi uma prévia para a gravação do primeiro CD do grupo. No palco principal do BH pela Paz, os presos cantaram acompanhados da Banda Dominus, que fornecerá os estúdios para a gravação do primeiro trabalho. “Este foi a apresentação de maior exposição que já fizemos”, comemora o coordenador do Núcleo de Acompanhamento e Avaliação da Penitenciária José Maria Alkimin, Fábio Alves Moreira.


vida_nova_1.jpgDe acordo com Fábio, desde a fundação do grupo, há 1 ano e 9 meses, o Vida Nova já se apresentou para mais de oito mil pessoas. “O mais importante é a transformação que este trabalho tem promovido na vida dos seus participantes. Hoje, a maioria dos seus integrantes trabalha e estuda. Eles querem uma vida nova e acreditam nesta possibilidade.”

 

 

 

 

 

Crédito fotos: Divulgação Seds

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