Durante a atividade, os adolescentes são orientados pelo agente socioeducativo George Marlon Cipriani Machado, que os auxiliam a montar a grade musical e a gravar as informações sobre as atividades que acontecem na unidade e as mensagens para os pais. “Todos começam muito tímidos. Fico de três a quatro horas para gravar um programa de meia hora, 40 minutos. É uma coisa totalmente nova para eles e é essa a nossa intenção, mostrar um horizonte diferente, dar aos adolescentes novas opções. De repente eles estão lá gravando, fazendo uma coisa que nunca imaginaram que fossem fazer”, disse o agente. Como quase todos os adolescentes da unidade têm interesse em participar do projeto, a escolha é feita conjuntamente pela equipe técnica e de segurança da unidade.
De acordo com a diretora geral do centro socioeducativo, Ludmila Coelho Diniz, a experiência aumentou o interesse dos adolescentes em participar da construção da rotina da unidade e contribuiu para aumentar o conhecimento dos pais sobre a medida socioeducativa. “As informações transmitidas ao longo de todo o programa desmitifica a visão que muitos familiares têm sobre a medida de internação como algo meramente repressor, apontando que o caráter fundamental da medida é educar por meio de atividades ofertadas cotidianamente na unidade”, afirmou.
O agente responsável pela atividade conta que, desde 2007, a unidade organiza o concurso Faça Música, no qual os adolescentes apresentam canções que eles mesmos escreveram e o vencedor grava um CD em um estúdio externo. Como nem todos os adolescentes têm aptidão para a música, ele teve a ideia da rádio, que possibilita a participação de todos. No programa são feitos comentários sobre as atividades esportivas, culturais e de lazer realizadas pela unidade, transmitidas informações sobre saúde, cursos profissionalizantes e escola, além de fazer homenagem aos familiares dos adolescentes.
Crédito foto: Divulgação Seds