O superintendente de Atendimento ao Preso, Helil Bruzadelli, explicou que antes do cartão, foi criado um gerenciamento eletrônico de todo o trabalho dos presos e recursos gerados. Em seguida, foi feita a integração com o gerenciador financeiro do Banco do Brasil até que foi lançado, finalmente, o cartão Trabalhando a Cidadania. “Além de dar mais transparência e segurança, o cartão permitiu mais agilidade no repasse do recurso e uma geração de renda efetiva, envolvendo, inclusive, a família dos presos”, disse.

O valor do pagamento para o detento é distribuído em três partes: 50% pago ao preso no mês seguinte à realização do trabalho, 25% destinado a pecúlio, que é levantado quando o detento se desliga do sistema prisional e outros 25% utilizados para ressarcimento do Estado. Antes do cartão, o pagamento pelo trabalho era creditado em uma única conta por unidade prisional e um agente penitenciário ou servidor ficava responsável pelo repasse aos detentos, mediante assinatura de comprovante. Agora, o salário é depositado em uma conta-benefício e o próprio detento, ou alguma pessoa a quem ele concedeu procuração, pode sacá-lo em qualquer agência ou caixa eletrônico.

Durante o encontro, o diretor de Trabalho e Produção da Seds, Guilherme Augusto Lima, também apresentou às visitantes o Módulo de Trabalho e Produção do Infopen, um dos vencedores do Prêmio Excelência em Governo Eletrônico – Prêmio e-Gov 2011.

Humanização  
 
O trabalho é um dos pilares da política de humanização do sistema prisional mineiro. Hoje, há 11,5 mil presos trabalhando em todas as unidades do Estado, o que representa um aumento de mais de 20% em relação a 2010. Os detentos trabalham nas mais diversas atividades, como produção de bolas, sacolas ecológicas, equipamentos eletrônicos, cortinas, uniformes, roupas e, até mesmo, na reforma do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014.
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