A empresa tem clientes de quase todo o território nacional e exporta para a Argentina, Paraguai, Uruguai e Angola.

“Faltam profissionais qualificados para este tipo de produção, portanto, o mercado precisa e tem plena capacidade de absorver a mão de obra das presas que aprendem aqui a manusear e produzir peças com as fibras sintéticas”, ressalta o diretor comercial da empresa, Jones Aoki Lima. O pagamento das novas artesãs será feito por peça e a projeção é de que diariamente sejam confeccionadas 400, de diferentes tamanhos e modelos. “Precisamos completar uma grande remessa que será exportada em breve para Angola. O país utiliza fibras naturais, mas a sintética é uma novidade por lá e a empresa importadora tem renovado os pedidos”, revela Jones Lima.  

Thiago Martins dos Santos, gerente de produção do Presídio de Caxambu, prevê que até o final do ano, o total de sete detentas envolvidas neste projeto possa ser ampliado para 20. “Esta é uma das atividades da unidade que tem um papel fundamental na ressocialização. Propicia um retorno financeiro e ainda forma profissionais com possibilidades de contratação a partir da progressão de regime ou cumprimento da pena.”

Expectativas

Novos conhecimentos e capacitação para uma atividade digna são, para as sete detentas que recebem o treinamento no Presídio de Caxambu, os maiores legados do desenvolvimento da atividade. Débora dos Santos Piauí, 37 anos, diz que é preciso manter a mente sempre ocupada e ressalta a necessidade de concentração para fazer peças perfeitas. “O trabalho vai trazer uma renda extra para a minha família e ainda diminuir minha pena”, lembra Débora.

 

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