Entre os dias 10 e 14 de junho, cerca de 100 empresas, entre mineradoras e pedreiras, foram vistoriadas. Destas, 40 foram autuadas por armazenarem equipamentos e produtos controlados de forma irregular. Segundo o subsecretário de Integração do Sistema de Defesa Social, Daniel Malard, a operação é realizada de maneira conjunta para coibir qualquer eventual infração penal. “O Governo de Minas está preocupado com as explosões de caixas eletrônicos que tem ocorrido em todo Estado e participa das ações de fiscalização com o intuito de tentar ao máximo retirar do mercado aqueles equipamentos controlados que podem vir a ser utilizados por organizações criminosas”, destacou.
De acordo com o subsecretário, existe um serviço de inteligência por trás do trabalho operacional que está voltado exclusivamente para a identificação dos indivíduos envolvidos com esse tipo de crime. “Além disso, quando tiramos esse material irregular de circulação, estamos obviamente diminuindo a possibilidade de que ele venha ser utilizado de forma clandestina na explosão de caixas eletrônicos”.
Os materiais apreendidos foram destruídos nesta quinta e sexta-feira (13 e 14.06), nos municípios de Brumadinho e Rio Acima por membros do Exército e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. Parte do material foi explodido e o restante foi queimado, por meio de uma cama de serragem que recebeu óleo diesel para consumir o material.
No caso de Rio Acima, os encartuchados encontrados estavam vencidos há quase dois anos. “Os explosivos vencidos são perigosos porque as características químicas do produto são perdidas e, com isso, não é possível prever o que vai acontecer quando ele for explodido”, explicou o tenente coronel Marcus Vinicius Messeder, chefe da seção de Comunicação Social da 4ª Região Militar do Exército.
Além das dinamites com prazo de validade vencido, foram apreendidos também explosivos em excesso, ou seja, aquele material que estava sendo armazenado pelas empresas em quantidade superior à permitida pela legislação vigente. “Em ambos os casos foram abertos processos administrativos que podem culminar na cassação do registro das empresas infratoras, levando até mesmo à proibição da utilização de produtos controlados por parte dessas empresas”, explicou o tenente coronel Messeder.
Presente na operação de destruição do material, o chefe do Estado Maior da 4ª Região Militar do Exército, coronel Oriente Leal Filho, destacou a importância de a operação Forças de Minas / Pedreira ter sido realizada de forma integrada: “Essa operação foi planejada respeitando as atribuições de cada um. Quando as agências se unem, o trabalho é mais eficiente”.
Crédito fotos: Luiza Muzzi / Ascom Seds