Os mais de 4 mil jovens dos Centros de Prevenção à Criminalidade, de Belo Horizonte e Região Metropolitana, disputarão sete modalidades esportivas na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), na Pampulha.
Os objetivos do evento são aproximar o público da faixa etária de 12 a 24 anos do Programa Fica Vivo, ampliar o acesso a práticas esportivas, e ainda contribuir para a prevenção e redução de homicídios de jovens das áreas dos centros de prevenção à criminalidade.
Na cerimônia de abertura houve apresentações de patinação artística, ginástica artística, dança de rua e percussão. O oficineiro de patinação, Paulo Patrocínio, está há três anos no programa e relata que a patinação exerce um grande fascínio nos jovens. “É necessário postura, equilíbrio e ao mesmo tempo firmeza e leveza. Estas características estão presentes não somente nos patinadores, mas também em todos os jovens decididos a traçar caminhos opostos ao da criminalidade”, compara Paulo, que já foi campeão brasileiro de patinação artística na modalidade livre. A jovem Weila Andréa, 16 anos, revela ter realizado um sonho com a patinação: “perdi meus medos, preconceitos e passei a ter muito mais coragem para a vida”.
O secretário de Estado de Defesa Social destacou as olimpíadas como símbolo de um programa considerado estratégico nas políticas de prevenção à criminalidade em Minas Gerais. “Até o final deste ano novos centros de prevenção à criminalidade serão inaugurados”, ressaltou o secretário.
Novos trajetos
O coordenador de Prevenção à Criminalidade, Talles Andrade de Souza, explica que o Fica Vivo! tem como grande desafio buscar alternativas para os jovens em áreas de risco social e ajudá-los a encontrar caminhos diferentes ao da criminalidade. “Onde há Fica Vivo! os dados estatísticos mostram a redução da criminalidade entre jovens. Esta é uma confirmação de que estamos trilhando bons caminhos no programa”, destaca Talles.
O oficineiro Felipe Cordeiro responsável pelo Grupo de Percussão Alto Batuque, do Alto Vera Cruz, está há sete anos no grupo e conta orgulhoso de como os jovens da sua oficina o consideram uma referência. “A comunidade só muda a partir dela própria, e sou um exemplo disto. Quando chego para uma oficina com um tênis da moda ou relógio novo eles me perguntam como consegui, e explico que foi com o trabalho da música, com ela também já viajei a trabalho para cinco países”, conta Felipe.