Cerca de 500 operadores de segurança pública e de defesa civil de Belo Horizonte receberam nesta quinta-feira, 16.06, instrução sobre ameaças terroristas. A preparação, com foco nas Olimpíadas de 2016, realizou-se Auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa, com informações sobre atentados com produtos químicos, biológicos, radioativos e nucleares, reunidos sob a sigla QBRN.

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Participaram pessoas da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil e agentes de outras instituições que atuam no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), como policiais rodoviários federais e guardas municipais.

Batizada de Instrução e Sensibilização sobre Ameaças a Grandes Eventos (ISAGE), o evento teve palestras de militares do Exército, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), policiais do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, militares do Corpo de Bombeiros.

O coordenador do CICCR, Vicente Salgueiro, disse que a integração das cerca de 40 instituições é fundamental para assegurar a realização pacífica dos jogos da Olimpíada que serão disputados no Mineirão, bem como para dar segurança a atletas e turistas que estarão em Belo Horizonte. O Mineirão receberá jogos de futebol da primeira fase, quartas-de-final e a disputa pelo bronze do torneio masculino, além da primeira fase, quartas-de-final e semifinal femininas.

São esperados em Belo Horizonte, de acordo com estimativas da Abin, de 15 a 20 mil turistas durante os jogos. A cidade receberá entre 400 e 500 atletas e 1.500 jornalistas. Para Hugo Alberto Lazar, superintendente estadual da Abin, a cooperação e a articulação estatal, além da participação da sociedade civil são de suma importância para evitar possíveis ameaças e atentados terroristas.

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O capitão do Exército, Marcus Vinícius Monteiro de Castro, abordou os diferentes tipos de ataques terroristas praticados ao longo dos últimos anos e ressaltou que o terrorismo contemporâneo tem caráter estratégico e de amplitude global. “Antigamente os terroristas aceitavam negociações e muitas vezes os ataques terminavam sem vítimas. Nos dias de hoje as organizações terroristas têm se valido de indivíduos isolados, que atuam sem conexões formais com esses grupos, cujo objetivo é eliminar o maior número de pessoas de forma aleatória, a fim de chamar a atenção da imprensa global”.

Deram palestras também o tenente Paulo Matos, do Gate, o tenente Igor Rédua, do Corpo de Bombeiros. Até o início dos jogos olímpicos estão previstas cinco simulações práticas baseadas nas instruções disseminadas nos encontros da Isage.

Por: Flávia Lima

Fotos: Carlos Alberto/Imprensa MG

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