Atendentes do 181 Disque Denúncia Unificado estão sendo treinados por profissionais que atuam com a temática de direitos humanos para qualificar o atendimento realizado de casos relacionados ao público LGBT, crianças, idosos, mulheres e injúrias raciais. A ideia é melhorar o acolhimento de denúncias que são recebidas pelo 181, como violência contra idosos e cárceres privados, assim como o encaminhamento de informações de violações de direitos humanos que chegam ao canal, mas que precisam ser direcionadas para o Disque 100 da Secretaria Nacional de Direitos Humanos ou para outra instituição.

 

CAP 0131 compactada

A capacitação começou na ultima quarta-feira, 19.10, e continua nos dias 21 (sexta-feira) e 26.10 (quarta-feira). As palestras acontecem por meio de uma parceria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac).

Como destaca a superintendente de Integração e Promoção da Qualidade Operacional do Sistema de Defesa Social, Roberta Ignácio Lima, é importante a sensibilização dos que recebem as denúncias para melhor encaminhamento dos denunciantes para uma rede sólida e efetiva indicada para cada área. “O atendimento já é bastante eficiente, mas queremos orientar melhor nossos servidores para garantir a cordialidade, respeito e segurança na hora de passar as informações aos cidadãos”.

Rosinha da Silva*, atendente há quatro anos do 181, contou que a maior dificuldade no atendimento é a compreensão do público do que é realmente o serviço, como funciona e quais tipos de denúncias são atribuições do DDU. Para ela, o curso vai auxiliar na hora de orientar quem liga para denunciar. “Estou com a expectativa que o treinamento vai ser bem esclarecedor para o nosso atendimento. Principalmente no que está relacionado a direitos humanos para a gente conseguir orientar melhor o caminho certo a ser buscado."

181 e Disque 100

Em assuntos relacionados à temática de direitos humanos, o DDU recebe denúncias como violências contra idoso e cárcere privado. Já informações como violência contra mulher, violência contra criança, injúria racial, ameaça ao público LGBT, falta de acessibilidade a prédios, por exemplo, são sempre encaminhadas para o Disque 100.

Como esclarece o coordenador do Disque Denúncia Unificado pela Sesp, Aaron Dalla, uma diferença relevante entre os canais “é que o Disque 100 repassa a denúncia para órgãos que têm o objetivo de acolher a vítima. O DDU, por sua vez, tem um foco no infrator, buscando a adoção de medidas de persecução criminal”.

Como funciona o Disque Denúncia
O cidadão faz a denúncia por meio do número 181 e recebe uma senha para acompanhar o resultado das investigações. As informações são registradas no sistema e encaminhadas a uma mesa composta por analistas da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Esses profissionais remetem as informações para aunidade de ponta responsável pela região denunciada.

Depois das investigações, as informações sobre resultados e providências adotadas retornam à mesa de análise, para que o resultado fique disponível para o denunciante. Assim, em até 90 dias, o cidadão que retorna a ligação com a senha em mãos pode receber, sem se identificar, a resposta para a denúncia efetuada. A central de denúncias do 181 funciona ininterruptamente e a ligação é gratuita.

*Por questões de segurança, é preservada a identidade de quem trabalha no 181 Disque Denúncia

Matéria: Poliane Brandão

Fotos: Carlos Alberto/Imprensa MG

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