Bandeirinhas, pipoca, milho cozido, broa de fubá, barraquinhas de pescaria, rostos pintados e muitas outras atrações de uma tradicional festa junina. Mas aqui no Centro de Apoio Médico Pericial (CAMP), em Ribeirão das Neves, algumas coisas precisam sair do padrão. A fogueira, por exemplo, foi feita de papel celofane, um capricho da equipe de atendimento da unidade. Os internos interagiram com os profissionais de saúde e segurança em um clima de muita descontração.

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O CAMP é uma das unidades médico-penais da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), que abriga detentos que foram comprovadamente diagnosticados com alguma doença mental. Além de tratamentos psiquiátricos, a unidade também recebe presos para cuidados médicos temporários e realiza exames periódicos de cessação de periculosidade, ou seja, é preciso checar de tempos em tempos se a pessoa ainda apresenta um quadro grave de doença mental. Essa é uma orientação judicial que ocorre no momento da custódia.

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Estiveram presentes na festividade o Secretário Adjunto de Administração Prisional, Marcelo José Gonçalves da Costa; a Subsecretária de Humanização do Atendimento Emília Castilho; o Diretor-Geral do CAMP, Eduardo Antonio Andrade Amorim, além da equipe da unidade formada por psicólogos, enfermeiros, psiquiatras, agentes penitenciários e demais técnicos. Para Emília Castilho, a festa possui valores sociais importantes que devem ser perpetuados. “A SEAP celebra com muita alegria datas como essa, porque elas transmitem e reafirmam valores culturais do nosso povo, que reforçam vínculos sociais e humanos.”.

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A diretora de atendimento, Aline Danielle Silva Pereira, explica que ter organizado o evento estreitou a relação entre pacientes e a equipe de servidores da unidade, que cuidaram da decoração e das apresentações artísticas. “Oportunidades como essa colaboram positivamente para a efetividade do tratamento psiquiátrico a partir do momento em que se valoriza o encontro, a arte, a cultura e impulsiona o processo de ressocialização, com vistas à sua futura reintegração social.”

 

Texto e fotos Rangel de Oliveira

 

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