Enfrentar a violência doméstica não é tarefa simples. Mas um grupo de mulheres e homens artesãos da região do Taquaril, em Belo Horizonte, está fazendo a diferença em sua comunidade. Com o apoio do Programa Mediação de Conflitos, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), elas criaram o projeto “Vidas com Arte”, onde aprendem a gerar renda por meio da comercialização dos seus produtos artesanais e discutem maneiras de conscientizar cada vez mais mulheres da comunidade para o enfrentamento da violência doméstica. No último sábado, 15.07, elas realizaram a primeira feira para a venda dos materiais produzidos durante o projeto.

7

O Vidas com Arte é composto não só de mulheres. Das 70 pessoas que participam do projeto, dez são homens. A primeira feira que contou com a participação dos artesãos também teve shows musicais, oficina de stencil, rodas de discussão e apresentações dos jovens que participam das oficinas de capoeira e teatro do Programa Fica Vivo!.

6

Rafael Bretas, analista social do Centro de Prevenção à Criminalidade (CPC) do Taquaril, conta que a criação do grupo tem sido essencial para o enfrentamento da violência no território. “Desde que o Vidas com Arte começou com as capacitações e discussões a procura pelo Mediação de Conflitos vem crescendo. Acredito que as mulheres estão se sentindo mais fortalecidas e acabam incentivando outras pessoas a enfrentar e resolver esse tipo de conflito”, disse Bretas.

Mediação de Conflitos

O programa Mediação de Conflitos (PMC) do Governo de Minas é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), como prevenção à criminalidade, e atua em territórios marcados pela violência e baixo acesso a direitos. Atua a partir dos fundamentos da Mediação Comunitária, objetivando a resolução pacífica de conflitos, com foco na prevenção e redução de homicídios em razão de violência doméstica, familiar e contra a mulher, conflitos entre vizinhos e a violação de direitos. Isso é feito por meio da participação social e institucional, organização comunitária e orientações para acesso a direitos. Tem caráter participativo e inovador, incentivando o diálogo e possibilitando o acesso a direitos e o fortalecimento dos vínculos de grupo e comunidades.

O PMC é organizado metodologicamente em quatro eixos de atuação, que contribuem para a leitura e análise das dinâmicas das violências e da criminalidade e, assim, maior qualificação das intervenções e alcance dos objetivos traçados pela Política de Prevenção Social à Criminalidade. São eles: Atendimento Individual; Atendimento Coletivo; Projetos Temáticos; Projetos Institucionais.

Texto: Poliane Brandão

Fotos: Divulgação CPC Taquaril

Enviar para impressão