O secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, disse que a prática da Mediação de Conflitos tem sido adotada em Minas Gerais em diversos contextos institucionais e sociais, trazendo consigo propostas de pacificação social. “As ações se concentram no fomento ao resgate de valores como o diálogo, a intercompreensão e a implicação dos sujeitos na construção de soluções pacíficas para os conflitos em que estão ou são envolvidos. Trata-se de um instrumento pessoal e político capaz de proporcionar a construção de uma sociedade mais justa e democrática”, ressaltou.
De acordo com Campos Júnior, o programa estabelece uma nova perspectiva de execução de políticas públicas, na medida em que procura envolver, de modo articulado, o Sistema de Defesa Social, os entes federativos e os mais diversos agentes institucionais como os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo e, especialmente, a sociedade civil.
A coordenadora do Programa Mediação de Conflitos, Ariane Gontijo, citou em sua palestra o resultado de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Data Anallyses, este ano, através do termo de parceria entre a Seds e o Instituto Elo. “A pesquisa mostrou que quanto mais tempo as pessoas são atendidas pelo processo de mediação, maior a expectativa que elas têm na resolução dos conflitos e maior também é a efetividade na solução do problema. Outro dado revela que 86% das pessoas pesquisadas acreditam que o seu problema poderá ser resolvido pelo programa”.
Ariane Gontijo ainda revelou um dado absoluto que revela o potencial da mediação de conflitos: “Do início da implantação do programa até hoje, foram feitos cerca de 65 mil atendimentos em Minas Gerais. E digo mais: não existe no país uma política pública tão bem consolidada como esta”, reforçou.
O seminário também contou com a participação do presidente do Instituto de Mediação e Arbitragem de São Paulo, Adolfo Braga Neto, autor do prefácio do livro. O especialista, que ministra palestras, capacitações e formações metodológicas na área, destacou que a mediação de conflitos proporciona espaços de cooperação, integração, participação e compromisso. “Através dessa prática, é possível se resgatar vínculos desfeitos, sejam eles decorrentes de relações afetivas, sociais, profissionais, informais ou duradouras. Ela também promove a resolução, transformação ou atingimento de soluções para os conflitos sem a necessidade, na maioria dos casos, da judicialização, consagrando a prioridade das ações de prevenção”, explicou.
O evento contou com a apresentação do grupo de teatro Mediação em Cena, do Núcleo de Prevenção à Criminalidade do Aglomerado da Cabana. A peça “Revolta dos Vizinhos” procurou demonstrar aos presentes, de forma lúdica, como a mediação atua de fato. Também participaram da solenidade a advogada do Centro de Defesa e Cidadania, Adriana Dardengo, a presidente da Comissão de Arbitragem e Mediação da OAB-MG, Flávia Bittar Neves, a superintendente de Prevenção à Criminalidade da Seds, Fabiana de Lima Leite, além de representantes do Instituto Albam, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Juizado de Conciliação e Copasa.
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