Durante o lançamento, realizado no auditório do Hotel San Diego, a secretária adjunta de Defesa Social, Soraia Gahder, falou sobre as vantagens do DDU como ferramenta auxiliar no combate à violência. “É uma oportunidade de o cidadão cooperar com o trabalho das polícias, tendo a segurança do sigilo. Além disso, o serviço é mais uma ferramenta de integração das corporações, que poderão compartilhar dados e informações, uma vez que as denúncias concentram-se em uma central única. A partir daí, torna-se mais fácil traçar uma estratégia de ação”, afirmou.

Para o Chefe do 12º Departamento de Polícia Civil de Ipatinga, Walter Felisberto, as denúncias devem potencializar o trabalho dos policiais civis. “Já programamos inclusive um treinamento para os policiais que vão receber e investigar as denúncias que vierem do 181. Será uma espécie de reciclagem, para garantir maior eficácia nas apurações”, afirmou.

Pelo 181, cada denúncia registrada é encaminhada para uma equipe de analistas. A partir daí, a informação é analisada e classificada de acordo com a unidade operacional das três corporações envolvidas (PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) que irá adotar as providências necessárias para resolver o caso. As informações sobre o andamento das investigações são disponibilizadas ao denunciante na própria central de atendimento.

Em dois de atuação em Belo Horizonte e Região Metropolitana, a central de atendimento do DDU registrou 1,5 milhões de chamadas e 85 mil denúncias recebidas, que resultaram na prisão de 6.490 pessoas até agosto deste ano. No ranking de denúncias, o tráfico de drogas aparece em primeiro lugar com 54,1% das ligações, seguido por jogos de azar e homicídios.

Seminário Regional

Após o lançamento DDU, a secretária adjunta da Seds fez a abertura do Seminário Regional da 12ª Região de Segurança Pública (Risp) de Minas Gerais. O evento faz parte da série de encontros regionais realizados pela Seds quinzenalmente em cada uma das 16 Risps do Estado. O objetivo é divulgar a metodologia da Integração de Gestão em Segurança Pública (Igesp), que busca, a partir de ações conjuntas das polícias Civil e Militar, combater a criminalidade utilizando dados detalhados sobre a ocorrência como data, horário, perfil do autor e reincidência.

Para o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Renato Vieira, a implantação da política de integração e sua expansão para o interior fez o Estado avançar e alcançar um lugar privilegiado em relação ao combate à violência. “Vivemos um momento único, que supera tudo que havia sido feito até hoje em segurança pública. Esta política de integração nos deu a possibilidade de discutir e planejar, de forma madura, ações de enfrentamento à criminalidade”, avaliou.  

Os representantes da Risp de Ipatinga reuniram-se neste primeiro dia de seminário com os membros do colegiado de integração do Sistema de Defesa Social, aproveitando a oportunidade de levar aos representantes da segurança pública do Estado reivindicações e novas estratégias de combate à criminalidade próprias do município e região.

Desde 2008, quando a metodologia Igesp foi implantada em Ipatinga, os índices de criminalidade violenta local apresentaram queda significativa. De janeiro a julho de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, a redução chegou a 24,8%. O evento tem continuidade nesta terça–feira (15/09), com palestras e temas pertinentes à segurança pública. O encerramento será na quarta-feira (16/09) ao meio dia.

Fazem parte do colegiado o secretário Maurício Campos, que foi representado pela secretária adjunta, Soraia Gahder, o comandante geral da PM, coronel Renato Vieira de Souza, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado Marco Antônio Monteiro de Castro, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Gilvam Sá, o subsecretário de Administração Prisional, Genílson Zeferino, o subsecretário de Atendimento às Medidas Socioeducativas, Ronaldo Pedron e a superintendente de Integração da Seds, Geórgia Ribeiro.