Uma equipe composta por integrantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Polícia Civil e movimentos sociais realizou na noite de quarta-feira, 25.10, abordagens a travestis e transexuais na Avenida Pedro II, região noroeste da capital, e na região da Pampulha. O objetivo da abordagem é acolher e se aproximar da população LGBT que trabalha e transita pelas ruas da capital esclarecendo sobre serviços especializados de segurança para este público.

Trinta pessoas receberam orientações nesta terceira abordagem conjunta das forças de segurança e movimentos sociais. Além de entender as necessidades e dificuldades destas pessoas, a ação busca divulgar o trabalho da Coordenação de Direitos Humanos da Polícia Civil, que oferece atendimento especializado para o acolhimento e tratativas policiais em casos de violência contra esta parcela da população.

A expectativa é que as abordagens continuem e que cada vez mais pessoas sejam informadas sobre as ações voltadas para a população LGBT. Flávio Ribeiro, da Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Fobias Relacionadas à Orientação Sexual (Cepef) da Sesp, estava presente nas abordagens e acredita que este trabalho aproxima a população transexual da polícia, promovendo mais segurança no cotidiano dessas pessoas.

“Esta terceira abordagem foi muito positiva. Tivemos a oportunidade de abordar e conversar com muitas pessoas de dois importantes pontos de concentração de travestis e transexuais da capital e, assim, divulgar o Núcleo de Atendimento à Cidadania LGBT da Polícia Civil, além de conhecer ainda mais as realidades e desafios no que diz respeito à segurança dessa população. Isso nos traz muitos elementos para serem trabalhados coletivamente no âmbito da Cepef”, disse Flávio.

Preenchimento de ocorrência policial
Minas Gerais, de forma inovadora, dá ao cidadão a possibilidade de inserir na ocorrência seu nome social, identidade de gênero ou orientação sexual. O Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), antigo boletim de ocorrência do Estado, também possui novas possui opções de preenchimento de causa e ou motivação presumidas do crime, que contemplam situações específicas de preconceito LGBTfóbicos.

Vale lembrar que as denúncias e registros de ocorrências podem ser feitas em qualquer unidade da Polícia Civil ou Militar, e que em Belo Horizonte, a Polícia Civil tem uma Coordenadoria de Direitos Humanos (NAC), que atende, de forma especializada, esse tipo de ocorrência.

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