O evento foi realizado pela Superintendência de Prevenção à
Criminalidade, órgão da Secretaria de Defesa Social responsável pela
implementação e coordenação do projeto Fica Vivo, programa de controle
de homicídios em funcionamento no Morro das Pedras.
Com o envolvimento de grande parte da população local, durante todo o
domingo cerca de 5 mil pessoas (números da PM) participaram de
atividades de lazer e integração, além de terem acesso a serviços
gratuitos, como o atendimento do Juizado de Conciliação, que recebeu
cerca de mil pessoas; emissão de carteiras de identidade (350 unidades)
e carteiras de trabalho (100 unidades). Também foram detalhadas, em
palestras, informações sobre aposentadoria; auxílio-natalidade; bolsa
escola e vale-gás. Debates, oficinas e palestras orientaram a população
local sobre temas como primeiros socorros, doação de sangue e
preservação do meio ambiente.
As crianças e os adolescentes tiveram várias opções de diversão e
brincadeiras, que ficaram por conta dos palhaços e dos passeios nos
animais da Cavalaria da Polícia Militar. Oficinas de saúde, dança,
teatro e histórias também atenderam às crianças e adolescentes
presentes. Nessas oficinas, foi trabalhado, a partir da vivência dos
habitantes do aglomerado, temas como esperança, cidadania,
solidariedade, direitos civis, saúde, uso de drogas e outros. Na
Transitolândia, montada pelo Batalhão de Trânsito da PMMG, as crianças
puderam aprender sobre regras de trânsito, respeito às leis e normas
que regem o sistema viário.
A programação cultural ficou por conta da intervenção de grupos locais
de dança e música, com a apresentação das bandas “Arautos do Gueto” e
“Um Gole a Mais”. Na dança, apresentou-se o grupo “Apocalipse Girl´s”.
A abertura do Dia da Comunidade foi feita banda da PMMG.
Assim como o projeto Fica Vivo, o “Dia da Comunidade”, teve a
participação efetiva de diversas entidades, entre governamentais e não
governamentais, encabeçadas pela Secretaria de Defesa Social,
Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes, Secretaria de
Educação, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil,
Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte, UFMG —por meio das Faculdades de Medicina,
de Psicologia, e do Crisp (Centro de Estudos em Criminalidade e
Segurança Pública), dentre outras. É importante ressaltar também o
trabalho de voluntários e o envolvimento da comunidade local. A
realização do “Dia da Comunidade” mobilizou, além de mais de 80
profissionais das entidades parceiras, 56 voluntários.
Aniversário do “Fica Vivo”
O “Dia da Comunidade” comemorou também um ano de implantação do “Fica
Vivo” no Morro das Pedras. Na avaliação de Márcia Cristina Alves,
Superintendente de Prevenção à Criminalidade e responsável pela
coordenação do Fica Vivo, o “Dia da Comunidade” foi um momento ímpar na
ação no Morro das Pedras, pois mostrou a importância da mobilização
comunitária, tendo atingido plenamente o objetivo de buscar a
integração entre todas as comunidades que compõem o aglomerado e as
entidades envolvidas no projeto.
Para Márcia Cristina Alves, o que se tem que destacar, “mais do que
todos os números favoráveis que o evento atingiu”, é a mobilização e o
envolvimento das pessoas, “que foi o verdadeiro sucesso do evento”. “O
objetivo nosso com o evento foi o de buscarmos, ou posibilitarmos, a
integração das comunidades daqui. E, com o Dia da Comunidade, fizemos
isso ao mesmo tempo em que atendemos algumas demandas da população mais
carente, ocupando o espaço onde o Estado tem de se fazer presente”.
Segundo Márcia, o Dia da Comunidade surgiu de uma demanda colocada
pelas lideranças comunitárias das oito comunidades do Morro das Pedras
que, “pela primeira vez, atuaram de forma conjunta”. “E foi isso que
garantiu o sucesso do evento: a participação de todos, a união em torno
de um objetivo comum. E é isso que vai ficar para essas comunidades: a
importância da ação coletiva em prol do bem comum e, para a
continuidade e ampliação do Fica Vivo, esse envolvimento e essa ação
coletiva são muito importantes, são vitais”, afirmou a Superintendente.