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Dar voz aos jovens e, juntos, buscar formas de melhorar a qualidade de vida e diminuir o índice de violência em Nova Contagem. Essa foi a proposta do I Fórum Comunitário “Como ficar vivo em Nova Contagem” realizado com 120 jovens da região. Na terça-feira, 13.12, todos se encontraram no Centro de Acolhida Chiara Palazzoli para apresentar as ideias levantadas durante os encontros preparatórios, que sempre discutiam formas de não deixar a violência fazer parte da rotina dos moradores da comunidade. O fórum foi realizado pelo Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo! em parceria com escolas municipais da região, Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) local, Conselho Tutelar e Centro de Acolhida Chiara Palazzoli.

Como fez questão de ressaltar a diretora do Centro de Prevenção a Criminalidade de Nova Contagem, Cristiane Zeferino, é preciso ouvir o que os jovens têm a dizer e o Fórum foi o espaço criado para isso. “Muito se falava sobre os jovens sem tanto escutar o que eles tinham a dizer sobre questões que fazem parte da vida deles.

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”A diretora do Programa Fica Vivo!, Fabiana Santos, fez coro à mensagem. “Não é alguém de fora tem que dizer o que é preciso ser feito. É essencial considerar o saber do território. As pessoas que moram aqui sabem quais são as dificuldades, os desafios. A partir do que elas trazem a gente pode, enquanto rede, pensar no auxílio”, comentou.

Camila Meloncini, 15 anos, foi uma das participantes do I Fórum Comunitário e acha que iniciativas como essa são extremamente importantes. Para ela, muitos jovens acabam entrando na criminalidade e no tráfico por falta de informação, de oportunidades e até mesmo, por falta de confiança neles mesmo. “O Fórum e as oficinas do “Fica Vivo!” fazem com que o jovem perceba que ele tem potencial, que ele mesmo pode conseguir um futuro melhor pra ele. Que se ele buscar, ele pode ter um futuro diferente”.

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Continuidade
A equipe técnica do Fica Vivo! ficou surpreendida com a aceitação do Fórum junto aos jovens. “Se a gente dá voz, eles participam, eles tomam a palavra, eles trazem propostas muito pertinentes a partir da leitura que eles têm do território. Então a gente fica aí com a sensação de dever cumprido. Mas a nossa ideia é que o Fórum não se esgote aqui. Que ele seja um momento pra gente compartilhar o que foi construído e de dar continuidade para as propostas que os jovens trouxeram aqui”, ressaltou a gestora Cristiane Zeferino.

Os próximos passos agora são a elaboração de um documento com a experiência do evento, para depois, trabalhar na criação de outro fórum permanente para discutir a questão da letalidade juvenil no território.

Matéria: Poliane Brandão

Foto:Carlos Alberto/Imprensa-MG

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