GIL 3236

Importante indicador da violência, o número de vítimas de homicídio também está em queda de 5,9% em todo o Estado. De janeiro a agosto de 2017 foram 2.580 vítimas contra 2.743 no mesmo período do ano passado.

Em Belo Horizonte, a redução chega a 13,3%, com 563 vítimas a menos no período. Dados do Observatório de Segurança Cidadã da Sesp mostram ainda que, pelo interior, 68,9% dos municípios não tiveram registro deste tipo de crime, mantiveram ou reduziram seus índices.

tabela

Para o comandante-geral da Polícia Militar, Cel. Helbert Figueiró de Lourdes, a redução dos crimes violentos, entre eles o homicídio, “não acontece por acaso” e é resultado de “estratégias e investimentos que estão sendo feitos em segurança”. Para o comandante, o aumento do número de apreensões de armas pela Polícia Militar também tem contribuído de forma expressiva para a redução dos homicídios, bem como dos crimes contra o patrimônio. “Nosso trabalho pauta-se em uma polícia de proximidade, com estratégias modificadas diariamente para garantir mais segurança para a população”.

Entre as cidades do interior com reduções percentuais de destaque no número de vítimas de homicídio está Poços de Caldas, no Sul de Minas (-75%). Foram oito mortes nos oito primeiros meses de 2016 contra duas no mesmo período deste ano. Quando a avaliação é relacionada ao número de vítimas, Contagem, na Região Metropolitana, fica com o melhor resultado. No primeiro semestre deste ano foram 166 mortes contra 123 do ano passado – 43 vítimas a menos em seis meses.

Vale lembrar que os dados de criminalidade, não só de homicídios, mas de todos os 12 crimes monitorados pela Sesp nos 853 municípios do Estado estão disponíveis para consulta online, de forma rápida e transparente. Basta acessar o site da secretaria (www.seds.mg.gov.br) > Integração > Estatísticas > Estatísticas Criminais.

Vulneráveis

O estupro tentado e consumado de vulneráveis continua como o grande desafio das estatísticas criminais no cenário do Estado em 2017. Os dois índices permanecem no vermelho na avaliação da violência dos oito primeiros meses em Minas.

O superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil, delegado-geral Márcio Lobato Rodrigues avalia que este tipo de crime tem espectro amplo, por contemplar desde uma situação ocorrida com uma criança ou pessoas com problemas psiquiátricos, até alguém que tenha ingerido bebida alcóolica ou drogas, por vontade própria ou inadvertidamente. “Acreditamos que as pessoas estão mais esclarecidas de seus direitos e, assim, buscam mais as polícias para relatarem situações como estas. Portanto, há a possibilidade de anteriormente haver subnotificação de casos”.

O superintendente da PC, inclusive, reforça a necessidade da denúncia e do registro da sociedade para este tipo de crime, salientando a importância do real conhecimento dos cenários das violências pelo Estado, para o melhor desenvolvimento de políticas públicas.

Pela primeira vez, os dados de sequestro e cárcere privado também tem ligeira alta no ano, com cinco casos a mais nos oito primeiros meses e 2,3% de aumento.

Enviar para impressão