O Parque das Águas de Caxambu tem uma área de 210 mil metros quadrados e é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA). Ele conta com 12 fontes de águas minerais com propriedades químicas diferentes umas das outras. Seus bosques e jardins são de grande beleza paisagística. O projeto para recuperar as áreas degradadas do morro, que é a área de recarga das águas do parque, com o uso mão-de-obra carcerária surgiu em 2008 de uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Ação Social, o Ministério Público e o Poder Judiciário da Comarca de Caxambu, a Polícia Militar e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Para participar dos trabalhos de reflorestamento, um dos principais critérios avaliados na seleção do grupo é a boa conduta do detento. Atualmente, oito presidiários participam do projeto. A oportunidade tem influenciado positivamente no comportamento dos presos no cárcere, além de reduzir o tempo prisional, pois a cada três dias trabalhados é abatido um dia da pena. “O condenado tem de estar em regime semi-aberto com autorização judicial e apresentar um bom comportamento na unidade”, explica o diretor do Presídio da Caxambu, Rafael Rodrigues Diniz.

Cuidado com os animais

Além do aspecto social, o projeto também traz diversos benefícios para ecossistema do local. Na revegetação do morro do parque foram usadas espécies da grande valor ornamental e naturais do Bioma, dando prioridade ao plantio de fruteiras como a Pitangueira, o Jambolão e o Pinheiro Brasileiro a fim de suprir de alimentos a fauna silvestre da cidade. O Pinheiro Brasileiro (Araucária angustifolia L,), por exemplo, produz frutos no inverno, período de escassez de alimentos. “Quando o Pinheiro Brasileiro frutifica, os pinhões fornecem fartura de alimento, que alteram toda a vida na floresta. Os frutos oferece uma valiosa reserva de nutrientes a uma enorme diversidade de animais. Além disso, o pinheiro é reconhecido pela sua imponente beleza e tem grande importância na diversidade biológica”, afirma o técnico da Emater-MG André Henriques.

De acordo com o extensionista rural, o preparo das áreas e o plantio das mudas seguiram os rigorosos padrões técnicos necessários para um local com as características e importância do parque. Todos os insumos empregados no plantio foram coletados no próprio Morro do Parque das Águas de Caxambu. Após o plantio das mudas foi colocada uma palhada de capim, também coletada no local, ao redor das plantas para preservar a umidade do solo e abafar o surgimento de mato. “Respeitando a vital importância do local como principal reservatório de abastecimento de águas minerais carbogasosas do Parque das Águas de Caxambu não utilizamos qualquer produto químico em todas as fases de plantio, inclusive no controle das formigas-cortadeiras que foram controladas com a aplicação do extrato de folhas de mamona”, destaca André. O extensionista explica que a vantagem é que essa técnica não oferece qualquer risco de contaminação do meio ambiente e de intoxicação dos trabalhadores.

Fonte:http://www.pmmg.mg.gov.br

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