Cerca de 100 detentos participaram da missa especial celebrada em comemoração ao Dia do Encarcerado, realizada na manhã desta quinta-feira (13), na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves. O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor de Oliveira Azevedo, destacou a importância da data, instituída para promover a reflexão sobre o sistema prisional brasileiro. O secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, participou da celebração, acompanhado pelo subsecretário de Administração Prisional, Genilson Zeferino.

Tendo como tema “Vidas além das prisões”, a missa foi organizada pela Pastoral Carcerária, responsável por uma série de trabalhos junto aos presos, que incluem desde visitas até medidas voltadas para a promoção da reintegração dos mesmos à vida em sociedade. “O trabalho da Pastoral Carcerária traz alento e esperança aos detentos. Iniciativas como estas são importantes no sentido de promover a humanização dos presos tão buscada pelo sistema”, destacou Genilson Zeferino.

O arcebispo dom Walmor fez questão de enfatizar a necessidade de promover uma reflexão sobre a situação dos encarcerados, focada, sobretudo na fé e na esperança de que todos os cidadãos que passaram pela experiência de serem privados da liberdade em decorrência de atos criminosos sejam capazes de se recuperar e retomarem suas vidas, sendo aceitos e reintegrados à sociedade.

A Pastoral Carcerária é um movimento que tem suas ações voltadas para a defesa dos direitos humanos, de ética, econômicos, sociais, culturais, civis e políticos. O grupo avalia que o desrespeito a estes princípios é o que ocasiona e desencadeia a prática de atos criminosos e de violência decorrentes do consumismo e da exclusão social vivenciada pelos agressores. Os integrantes da Pastoral Carcerária consideram que a solução para a questão penitenciária passa obrigatoriamente pelo cumprimento dos direitos humanos.

 

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