Quarenta e um policiais militares participam no Centro de Treinamento Policial - CTP do primeiro curso de Professores de Direitos Humanos, programado este ano. Do total dos alunos, seis são da Capital (da Academia de Polícia Militar e um participante do 34º BPM), e os demais são do interior.
 
O curso é direcionado a praças e oficiais, profissionais de segurança pública que atuam nas diversas atividades, inclusive na área operacional e de ensino. Os professores são militares que já possuem formação e reúnem em seus currículos uma vasta experiência, inclusive internacional, nesta área. O treinamento, através de convênio com a Senasp, é supervisionado pelo Major Márvio Cristo Moreira, supervisor de treinamentos do CTP e tem como coordenador técnico o Major Alexandre Antônio Alves, da APM, e o 2º Tenente Gilber Martins Moraes, também da Academia, como coordenador metodológico.
 
 
OS ALUNOS
 
"Muitos participantes já são promotores e multiplicadores de Direitos Humanos, um treinamento que prepara o policial militar para levar a informação sobre o que é direitos humanos aos demais integrantes da Corporação. E para ser professor, o PM passa por esse curso", afirma o Tenente Gilber.
 
Nesta quinta-feira, os alunos estão assistindo, no auditório da Faculdade Dom Helder Câmara (Bairro Santa Efigênia), uma palestra com o professor Antônio Augusto Cançado Trindade, com o tema Os Tribunais Internacionais e seu Trabalho pela Humanização do Direito Internacional. O palestrante é juiz do Tribunal Internacional de Justiça. O evento integra o centenário de nascimento de Dom Herder Câmara e o momento não poderia ser mais oportuno para os participantes do curso. Todos assistem à apresentação.
 
Além das atividades diárias, os participantes estão marcando presença em vários eventos, como o lançamento do projeto Educadores para a Paz, voltado para o ensino de Direitos Humanos nas escolas, na última semana.
Na próxima terça-feira, dia 1º, das 14 às 17h30, no pátio da Academia de Polícia Militar (Rua Diábase, 320 - Bairro Prado), os militares participam de uma apresentação de basquete, com cadeirantes, e fazem parte de uma dinâmica, quando aprendem a trabalhar com público especial. O evento faz parte da disciplina Grupos Vulneráveis.
 
 
O QUE ELES APRENDEM

Na grade curricular constam as disciplinas Direito Internacional dos Direitos Humanos, Direito Internacional Humanitário, Vítimas da Criminalidade e Abuso de Poder, Captura e Detenção, Organização e Atividades do CICV - Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Gerenciamento de Crises, Manutenção da Ordem Pública, Conduta Ética e Legal na aplicação da lei, Humanização da Polícia, Metodologia do Ensino Policial, Grupos Vulneráveis, Treinamento com Arma de Fogo, Uso da Força e Arma de Fogo, Técnica Policial (Abordagem a Suspeitos, a Veículos e Adentramento em Edificações) e Imobilizações Táticas (Defesa Pessoal e Uso de Algemação). Na primeira semana, os alunos fizeram uma atividade prática.
 
 
OS DIREITOS HUMANOS NA PM

A Polícia de Minas Gerais está melhor equipada e mais bem treinada. A matéria Direitos Humanos está incluída da grade curricular de todos os cursos da PM. Há cerca de 10 anos, a matéria tem sido exaustivamente discutida nos meios acadêmicos e a doutrina e filosofia consta no Manual de Prática Policial.
 
A Academia de Polícia Militar - APM, o Centro de Ensino Técnico - CET e o Centro de Treinamento Policial - CTP, vêm atuando, incansavelmente, coordenando o treinamento físico, acadêmico, incluindo instruções de tiro. As unidades da Polícia Militar também têm sua parcela de contribuição na formação do militar mineiro e, ao longo da semana, reservam um dia para investir em formação e conhecimento. Através das instruções semanais e por meio de palestras são disseminadas as doutrinas e a filosofia de trabalho da Corporação.
A filosofia de Direitos Humanos confere às ações policiais um resultado satisfatório. Rotineiramente, são desencadeadas operações, ações de fiscalização, abordagens e feito o policiamento comunitário obedecendo as técnicas e estratégias cuidadosamente calculadas.
 
Para evitar enfrentamento, a parlamentação, a negociação e bom-senso são empregados até a exaustão. Daí, os bons resultados. A PMMG sabe que para o sucesso das suas ações, além da participação da comunidade é necessário pautar-se por seus valores, disciplina e hierarquia.
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte:www.pmmg.mg.gov.br
 

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