Dezesseis adolescentes que cumprem medida de internação no Centro Socioeducativo Santa Terezinha e no Centro de Reeducação Social São Jerônimo receberam diplomas de conclusão de cursos profissionalizantes na terça-feira (19/05). Seis jovens terminaram a capacitação de garçom, outros seis de cabeleireiro e quatro de culinária. A oportunidade de conhecer uma profissão durante a internação em Centros Socioeducativos da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (SUASE) traz novas possibilidades de futuro para os adolescentes.

Os cursos foram ministrados por agentes socioeducativos das unidades, que repassaram os seus conhecimentos profissionais para os jovens. “É um relacionamento construído na base do respeito mútuo. Os agentes transmitem não só conhecimento, mas também valores humanos. Isso possibilita outro tipo de relação entre eles na rotina”, ressalta a diretora da unidade, Emanuelle Lopez.

Curso de cabeleireiro

Tesoura, secador e escova. Esses são os instrumentos utilizados pelos agentes socioeducativos, Leomar Oliveira e Paulo Santos, que atuam como professores do curso de cabeleireiro. O projeto teve início em janeiro de 2010, com apenas dois alunos. A capacitação dos primeiros alunos permitiu que os destaques se tornassem multiplicadores de conhecimento. Hoje, 95 alunos já passaram pela certificação profissional.

“Atendemos adolescentes de outras unidades e pessoas que saíram da situação de rua e estão em unidades de acolhimento da prefeitura. Pretendemos ampliar o atendimento para um orfanato, em breve”, conta Paulo Santos.

Um dos alunos que recebeu o diploma da oficina de cabeleireiro disse que já tinha o costume de cortar o cabelo dos amigos, mas que agora avalia a atividade como uma futura profissão. “Vou fazer outros cursos de aperfeiçoamento na área também, pois pretendo abrir um salão quando sair daqui. Irei utilizar uma das lojas vinculadas à minha residência como espaço”, disse o adolescente.

Culinária

 

O curso de culinária tem quatro alunos atualmente, mas a proposta é ampliar para até 16 alunos (quatro turmas de quatro alunos). Os adolescentes têm a oportunidade de estagiar em restaurante da capital, enquanto adquirem os conhecimentos técnicos. “É o curso mais procurado. O mercado de gastronomia está crescendo e a defasagem profissional é muito grande. Pretendemos mostrar aos adolescentes que eles são protagonistas da própria vida e têm a oportunidade de mudar de rumo”, ressalta o agente socioeducativo que ministra o curso de culinária, Rogério Gallo.

Por: Dayana Silva

Fotos crédito: Carlos Alberto