Adolescentes que trabalham como jovens aprendizes na Assembleia Legislativa participaram de uma roda de conversa com jovens do Centro Socioeducativo de Justinopólis, em Ribeirão das Neves, na segunda-feira (18.08). Eles dividiram experiências sobre suas rotinas, experiências passadas e falaram de planos para o futuro durante uma tarde na unidade de internação.
Os jovens aprendizes são adolescentes 15 a 19 anos selecionados pela Associação Profissionalizante do Menor (ASPROM) para trabalho em instituições públicas e privadas de Minas. São jovens de famílias de baixa renda, oriundos de comunidades mais vulneráveis – perfil da maioria dos jovens em cumprimento de medida socioeducativa em Minas.
Durante a visita, os adolescentes do Centro de Justinópolis apresentaram o “Telejornal do Socioeducativo” – uma forma diferente de falar sobre a história e as atividades realizadas no Centro Socioeducativo para os visitantes. Eles também encenaram uma peça de teatro sobre profissionalização, com o tema “O que não fazer numa entrevista de emprego”. Em seguida, todos os jovens fizeram uma visita guiada na unidade socioeducativa.
Uma dinâmica também foi promovida pelos visitantes, com o objetivo de estimular as relações de confiança e amizade. Por meio dela, os adolescentes puderam se conhecer melhor, fazendo perguntas pessoais.
O jovem aprendiz da Assembleia Legislativa, Lucas Santos Silvestre, já teve contato com meninos do socioeducativo em outras ocasiões, e disse que mesmo assim a experiência lhe impressionou: “Eles têm regras e uma vida totalmente diferente da minha lá fora, isso me fez valorizar minha liberdade”.
Já um dos adolescentes do socioeducativo, G.M. P., de 20 anos, disse que a atividade foi uma experiência inovadora. “Pudemos trocar conhecimentos, histórias e experiências, além de apresentar o local que vivemos”.
Para a diretora de Atendimento do Centro Socioeducativo de Justinópolis, Juliana Rodrigues Rocha, o balanço das ações não poderia ser mais positivo: “Nós estamos muito satisfeitos com a parceria, os dois encontros proporcionaram momentos de interação, reflexão e acima de tudo de alegria. Os adolescentes interagiram, cantaram e contagiaram a todos. Nosso desejo é que isso aconteça mais vezes”.
Por Fernanda de Paula
Crédito fotos: Omar Freire / Imprensa MG