"É uma grande oportunidade de mostrar um outro olhar sobre o fazer artístico”. Foi com essas palavras que o oficineiro de grafite Piter, do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Ribeiro de Abreu, comemorou o fato de dez jovens da sua oficina terem sido convidados para participar da festa de abertura das obras do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB), na manhã de 7 de agosto, na Praça da Liberdade. Além dos jovens do Fica Vivo!, estudantes de escolas públicas municipais e estaduais e integrantes do programa Valores de Minas pintaram os tapumes da obra, deixando desenhos e mensagens de apoio ao projeto. Também participaram artistas plásticos da Escola Guignard.

Fire é o nome artístico de Rodrigo Pereira, 18 anos, um dos jovens que participou da grafitagem dos tapumes da fachada do CCBB. Ele participa há quatro anos das oficinas de grafite do Fica Vivo!. Começou no NPC Jardim Felicidade e hoje acompanha a turma do bairro Novo Aarão Reis, que é atendido pelo Núcleo do Ribeiro de Abreu. “Participar desses eventos é muito bom, pois podemos expressar nossa arte”, conta, timidamente, Fire.

A mãe dele, Rita de Cássia Pereira, o acompanha em todas as intervenções da oficina de grafite. A auxiliar de enfermagem conta que o filho já tinha facilidade com o desenho desde criança. Ele tem em casa uma espécie de atelier onde guarda seus desenhos e inicia seu processo de criação. “Rodrigo é referência no grupo de grafite do Fica Vivo!. Vários de seus colegas começaram a acompanhar a oficina dada na escola do bairro", afirma. O oficineiro Piter reconhece o talento de Rodrigo e já anunciou que, quando deixar de orientar a oficina, é o jovem quem irá assumir o seu posto. “Fire se tornou um multiplicador do grafite e do programa na comunidade”, ressalta.

De acordo com os organizadores do evento, a participação de jovens de programas como o Fica Vivo! é um passo importante para o exercício da cidadania através de cultura e da arte. É fazer com que os participantes percebam e façam perceber que são autores e atores da história.

Para Kátia Silva Simões, diretora do programa Fica Vivo!, a presença da oficina de grafite é importante para a autoestima dos jovens, uma vez que estão ao lado de artistas plásticos profissionais. “A participação deles promove um movimento muito interessante na cidade. É um momento de articulação de ideias entre os artistas e também para o programa”. Piter reforça a importância da participação do Fica Vivo!. "É uma nova oportunidade de mostrar o grafite, que representa muito para a comunidade”.

CCBB em Belo Horizonte

O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte tem inauguração prevista para o início de 2011. O espaço terá teatro com 300 lugares, seis salas de exposição, sala de programa educativo, sala multimeios, cafeteria e loja de produtos culturais. O Centro integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade, que abrigará museus em prédios históricos onde funcionavam as secretarias de Estado. Ainda integram o complexo cultural, o Espaço do Conhecimento TIM UFMG, o Museu das Minas e do Metal, o Memorial de Minas Gerais Vale, o Centro de Arte Popular e quatro espaços públicos que serão revitalizados: o Palácio da Liberdade, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, o Arquivo Público Mineiro e o Museu Mineiro.

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