O objetivo é valorizar a freqüência das pessoas em praças, parques, jardins e ruas da cidade. “É uma forma de nos apropriarmos dos espaços públicos de um jeito natural e permanente, contribuindo para que eles se tornem ainda mais agradáveis e seguros”, disse o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior.
 
De acordo com Gisele Colamarco, do Núcleo de Saúde da Seds, durante as quatro horas de duração da ação, cerca de 120 pessoas conferiram a pressão no estande. A maioria estava com os batimentos cardíacos normais. “São pessoas de hábitos saudáveis”, elogiou. O administrador de empresas Marcos Silva foi um dos que pararam para conferir a pressão arterial na tenda montada pelo Núcleo de Saúde da Seds. “Achei a idéia brilhante. É bom que a Polícia se aproxime da comunidade e mostre que seu trabalho não se resume ao policiamento ostensivo”, falou.

O assistente de serviço público, José Morais de Andrade Júnior, que passeava pela praça com os sobrinhos, também e aprovou a ação. “Oferecer à comunidade serviços dessa natureza, além de ser simpático, é importante porque dá segurança aos praticantes de atividades físicas”, opinou.

Do outro lado da rua, policiais da Base Comunitária Móvel instalada na praça l interagiram com moradores da região. O sargento Cristiano Freitas conversou com os comerciantes locais sobre as principais carências e demandas do bairro. Ele explicou que a Base atua de forma preventiva em eventos com grande fluxo de pessoas ou centros comerciais movimentados.

As Bases Comunitárias são compostas por seis militares, um comandante, um motorista e quatro policiais que se revezam em bicicletas e motocicletas. O sargento Freitas faz uma avaliação positiva das unidades, afirmando que elas impactam diretamente na diminuição do número de ocorrências. “Os bate-papos informais com as pessoas rendem relatórios e, esses, por sua vez, ajudam na elaboração de estratégias de segurança”, falou.

Os músicos do Corpo de Bombeiros fizeram muita gente interromper a caminhada para ouvir o repertório com clássicas e MPB. A pianista gaúcha, Carmem Scalzilli, se declarou “extasiada”.  “Eles são muito afinados”, elogiou. Mesma opinião teve a mãe dela, Elza Tuchtenhagem.  Ambas vieram de Porto Alegre passear na capital mineira e estavam encantadas com a “manhã ensolarada, tranqüila e com boa música”.

Para o regente da banda, subtenente Soel, o reconhecimento do público é fundamental para os 28 integrantes da orquestra. “A maior parte das pessoas nem sabe que os Bombeiros têm banda, pensam que apenas apagamos incêndio”, comentou. A corporação também levou para o evento dois cães adestrados: um da raça labrador e outro Border Colie.

O sargento Edmar Carvalho explicou que os animais muito ágeis ajudam os bombeiros na busca de pessoas soterradas ou sobreviventes em matas. Os dois animais arrancaram aplausos do público, pulando círculos de fogo.  O número foi seguido pela apresentação dos meninos do Fica Vivo!, programa de controle de homicídios da Seds.

Eles fizeram demonstrações de equilibrismo, acrobacias e até de ginástica rítmica. Gabriel Augusto Rosa, de 14 anos, roubou a cena duas vezes: como palhaço e como cover de cantor Michael Jackson, dançando em cima de uma bola.  Morador da Pedreira Prado Lopes e freqüentador das oficinas do Fica Vivo!, ele diz que, se não fosse o programa, talvez estivesse envolvido com “coisas ruins”.  “Sou bem resolvido, sou um menino feliz e posso dizer que tenho uma profissão. Quero me dedicar, cada vez mais, à arte circense”, afirma.

E até o secretário de Estado de Esportes e Juventude de Minas Gerais, Gustavo Corrêa, que passava, casualmente pelo local, aprovou a iniciativa. “Não sabia que os meninos do Fica Vivo! participavam desse tipo de oficina. Gostei bastante”.  Sobre a ação da Defesa Social, realizada na Praça da Lagoa Seca, o secretário disse achar importante por mostrar à comunidade outras frentes de trabalho das forças de segurança mineira.