Cinquenta e quatro câmeras de videomonitoramento do Projeto Olho Vivo foram inauguradas em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. A solenidade foi realizada no Centro de Operações Policiais Militares (Copom), na sede do 2º Batalhão de Polícia Militar, localizado no bairro Santa Terezinha.

A entrega dos equipamentos e da Central de Monitoração, na última segunda-feira (17.12) contou com a presença de autoridades municipais e também do Chefe do Estado Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Divino Pereira Brito. A cidade de Juiz de fora é a 15ª a receber o Olho Vivo no Estado.

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A solenidade marcou o encerramento da fase de testes e colocou em funcionamento as 54 câmeras distribuídas nos bairros Manoel Honório, Santa Luzia, Alto dos Passos, Bom Pastor, São Mateus, Benfica, Santa Cruz, São Pedro e na região central da cidade. Para monitorar todas estas regiões a Central de Monitoração contará com o trabalho de servidores civis e seis policiais militares.


Os recursos para instalação dos equipamentos, da ordem de R$ 5 milhões, são do Governo do Estado e fazem parte de um pacote de R$ 50 milhões para implantação de cerca de 800 novas câmeras do Olho Vivo em várias regiões de Minas. O Estado conta com uma parceria com a prefeitura municipal, que arcará com os custos mensais monitoramento.

Os novos equipamentos infravermelhos podem gravar imagens em alta resolução, inclusive no período noturno, e tem capacidade de rotação de 360 graus, o que permite controle total de toda a área vigiada. O monitoramento será realizado durante 24 horas e a estimativa é de redução de 30% de crimes contra o patrimônio nas áreas monitoradas.

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Em demonstração do funcionamento para as autoridades, o sargento Luiz Claudio exibiu imagens de uma tentativa de assalto a um apartamento localizado no quarto andar da rua Batista de Oliveira. As imagens gravadas durante a madrugada mostram um homem escalando o prédio, enquanto um comparsa aguardava próximo ao local, dando cobertura. Ao notarem a movimentação através das câmeras, os técnicos do Copom acionaram as viaturas próximas, que realizaram a abordagem dos indivíduos e também de seu parceiro. A ação durou menos de vinte minutos.

Os locais de instalação das câmeras no município foram estabelecidos pela Polícia Militar local, em conjunto com a Diretoria de Tecnologia e Serviço da PM, de Belo Horizonte. Foram levados em conta estudos estatísticos de zonas quentes de criminalidade no município, dados de crimes contra o patrimônio por área da cidade e viabilidade técnica do ponto escolhido. 

Em todo o Estado, a média de redução de crimes contra o patrimônio nas áreas de instalação do Olho Vivo varia de 30% a 40%. O secretário de Estado de Defesa Social, Marco Antônio Romanelli, reitera que o Olho Vivo é uma importante ferramenta no enfrentamento dos crimes, principalmente os roubos, tanto porque inibe a ação dos criminosos, quanto porque pode contribuir com a investigação policial, caso o crime ocorra.