Por meio de uma análise dos números absolutos, foi possível perceber o quanto a criminalidade e a criminalidade violenta da 6ª Risp encontram-se em patamares baixos. Em apresentação conjunta feita pelo comandante da 6ª Região da Polícia Militar (RPM), coronel Márcio Martins Sant’Ana, e pelo chefe do 6º Departamento Regional da Polícia Civil (DRPC), delegado Hafez Tadeu Sadi, foi apresentado um “retrato” do crime da região no período de 2006 a 2008. No caso do Índice de Criminalidade (IC), foram registrados 44,42 crimes por grupo de mil habitantes em 2006. Em 2007 foram 45,67 e em 2008 ocorreram 42,42 crimes. Em relação ao Índice de Criminalidade Violenta (ICV), as taxas são ainda menores. Em 2006, apenas 1,43 crimes violentos para cada mil habitantes foram registrados. Em 2007 o número caiu para 1,33 e, em 2008, para menos de um crime (0,96).

“Apesar de o período analisado ser pequeno – três anos – podemos analisar os anos anteriores, e constatamos, novamente, que a queda da criminalidade é uma constante, e que os índices estão sempre em movimento descendente”, ressaltou o chefe do 6º DRPC. O comandante da 6ª RPM explicou que os bons resultados vêm da integração entre as instituições: “Nós éramos componentes de instituições separadas, e as entendíamos como prontas e acabadas. Mas aprendemos, com essa política, que unidos somos mais, e que é possível romper com as regras estabelecidas para criarmos novas e melhores possibilidades”.

O seminário regional também procurou levar ao público fundamentos, pressupostos, conceitos e a operacionalização da metodologia Integração da Gestão em Segurança Pública (Igesp). Trata-se de um modelo inovador de gestão integrada de segurança pública, que tem como objetivo gerenciar, monitorar e avaliar as estratégias policiais de controle e prevenção da criminalidade. Este modelo, que compõe um dos eixos centrais da política da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) – inaugurado pelo Governo Aécio Neves em meados de 2005 – tem otimizado as ações de defesa social e justiça criminal.

A superintendente de Integração do Sistema de Defesa Social da Seds, Geórgia Ribeiro Rocha, destacou que os pilares do Igesp, que passam pela definição de espaços comuns de atuação, descentralização do comando integrado, policiamento pró-ativo, compartilhamento de informações e planejamento tático, entre outros. “Mas é preciso discutir os conceitos e a aplicação da metodologia e, com isso, avançar. Precisamos fazer dela uma prática diária, incorporada ao cotidiano de cada instituição”, ensinou. A pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (Crisp/Ufmg), Paola Soares, também deu sua contribuição: “A idéia não é “engessar” o trabalho, mas fazer com que as diretrizes que norteiam a política sejam minimamente aplicadas. No caso do interior, precisamos transformar esses locais em espaços efetivos de construção da metodologia, pois não é possível pensar em integração sem diálogo, e não há como pensar em diálogo se não houver um nivelamento dos envolvidos”, pontuou.

O comandante do 9º Corpo de Bombeiros Militar, com sede em Varginha, tenente coronel Pedro Alvarenga, disse que o Igesp também chegou à sua corporação, e que conta com o apoio de seus homens e mulheres para a disseminação dos princípios. “Os bombeiros chegaram depois nesse processo de integração, mas estamos internalizando o aprendizado para sermos mais contundentes em nossas ações, sobretudo naquelas que contribuem para a prevenção do fenômeno da criminalidade”.


Boas práticas

Durante os três dias de Seminário, alguns projetos desenvolvidos na região mereceram destaque por contribuir para o alcance de resultados efetivos no enfrentamento do crime e nas ações preventivas. Um deles foi contemplado com o prêmio Qualidade da Atuação do Sistema de Defesa Social em 2008: Meninos do Mandu, de Pouso Alegre. Desenvolvido pelo 20º Batalhão de Polícia Militar, tem como missão reduzir a injustiça social por meio da educação, lazer, saúde e cultura. Crianças e adolescentes moradores do bairro São Geraldo, local de grande vulnerabilidade social, são beneficiados com aulas de responsabilidade social e ambiental, prevenção às drogas, inclusão digital, cidadania e participação, civismo, princípios de equitação, qualificação para o trabalho e musicalidade. Depois da implantação do projeto, em 2007, a criminalidade do bairro reduziu consideravelmente.

Outro projeto, também desenvolvido em Pouso Alegre, é o “48 horas”, apresentado pelo delegado regional da 13ª Delegacia de Polícia Civil, Carlos Eduardo Pinto. O trabalho consiste no traçado de um plano de ação para trabalhar indícios e provas criminais, através de documentação científica disponível para o processo investigativo. Dessa forma, é possível auxiliar na resolução de muitos casos. Alguns homicídios recentemente cometidos, graças ao projeto, tiveram seus autores descobertos.

Mais uma ação de vulto é fruto do trabalho da 6ª RPM em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio de alunos do Departamento de Ciência da Computação. Eles são os responsáveis pela criação e manutenção do Portal Corporativo da 6ª RPM, da Universidade Corporativa de Segurança Pública (UCSP) e trabalhos relacionados ao georreferenciamento criminal. Disponível desde 2003, o portal conta com informações nas áreas de recursos humanos, inteligência, planejamento operacional, logística, comunicação organizacional, defesa civil, comunicação interna e externa, além de capacitação profissional. Nesse item, é possível ter acesso a cursos virtuais ministrados pela UCSP, a primeira universidade corporativa do mundo direcionada para área de segurança pública. O endereço do portal é www.pmmg.6rpm.mg.gov.br.

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