Segundo o diretor geral da unidade, José Alberto Almeida, o aprendizado
fundamenta os princípios básicos da disciplina, trabalho em grupo,
respeito e organização. Já o psicológico e diretor de atendimento,
Márcio Torres, destaca que o curso é importante para o desenvolvimento e
aprimoramento do processo de ressocialização, já que, além da
construção do saber, também há um resgate da valorização do ser humano.
“Assim como a fibra da bananeira, que antes iria para o lixo, passa por
uma mudança e é transformada, os detentos podem conquistar uma vida
melhor, transformando tensões internas em algo produtivo”.
Oportunidade
A turma alunos do curso de artesanato que começa nesta segunda-feira é a
segunda do presídio a passar pela capacitação. O primeiro grupo iniciou
as aulas no dia 5 de novembro e era composto só por mulheres.
Jaqueline Rocha foi uma das presas que frequentaram as aulas. Segundo
ela, o curso representa uma oportunidade única: “Eu desenvolvo a
concentração e ainda posso trabalhar com a fibra da bananeira quando eu
sair daqui”. Marcos da Silva começou as aulas nesta segunda e também
está muito entusiasmado. “Eu já sou pedreiro e agora vou ter mais uma
forma de ganhar um dinheiro”.