Ir de uma ponta a outra, sem cair. Pode até parecer fácil à primeira vista, mas, para vários adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em Belo Horizonte, a prática do slackline vem exigindo uma dose extra de concentração e equilíbrio. Há duas semanas, mais de 80 jovens das Casas de Semiliberdade Planalto, São Luiz, Santa Amélia, Ipiranga, Letícia, São João Batista e do Centro de Internação Provisória têm tido contato com esportes radicais, por meio do Projeto Superação na Semiliberdade. Além do slackline, eles também aprendem manobras de skate. As atividades ocorrem terças e quintas-feiras, no Parque Lagoa do Nado.

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O objetivo é apresentar a esses adolescentes modalidades que eles não tiveram contato anteriormente. “Nós tentamos despertar o interesse dos jovens com atividades que vão além dos esportes com bola. E a aceitação tem sido muito boa, do contato com equipamentos de segurança até o fato de, por ainda não conseguirem se equilibrar, eles deverem confiar ainda mais nos professores”, comentou o coordenador técnico do Projeto Superação, Fábio Araújo.

Por meio da nova vivência, são exercitados aspectos importantes para a sociabilização desses jovens, como a persistência e o autocontrole. Isso porque, para conseguir tanto atravessar a fita do slackline quanto acertar as manobras, por exemplo, é necessário trabalhar o foco e a concentração. E, até atingir o objetivo, eles passam por muito treino e várias tentativas.

A superintendente de Gestão das Medidas de Meio Aberto e Semiliberdade, Érika Vinhal, destaca o papel dos esportes no cumprimento das medidas socioeducativas. “A vivência esportiva é uma importante ferramenta educacional, pois proporciona o trabalho nos aspectos da disciplina, de perseverança, de autoestima e respeito às regras, além de melhorar a qualidade de vida”.

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Projeto Superação

O Projeto Superação teve início em julho de 2009, em uma parceria da Secretaria de Estado de Defesa Social com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público De Peito Aberto – Incentivo ao Esporte. O objetivo é o atendimento de adolescentes que cumprem medidas em centros socioeducativos de internação e casas de semiliberdade de Minas Gerais, desenvolvendo atividades esportivas diversificadas e de forma sistemática, com o acompanhamento de profissionais da educação física.

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