O Plano estadual prevê investimentos de cerca de R$ 50 milhões, distribuídos em 18 projetos que compõem oito grandes programas.

Segundo Luis Flávio Sapori, responsável pela coordenação técnica dos trabalhos, três eixos essenciais nortearam a sua concepção: integração e participação comunitária; prevenção social e situacional da criminalidade; e a modernização das instituições e das práticas de gestão na área de segurança pública. A construção do Plano Estadual pautou-se ainda por princípios que observaram a combinação de políticas repressivas com políticas preventivas, a integração das organizações do sistema de defesa social no Estado, a integração e racionalização do trabalho policial, a participação da comunidade, o respeito aos direitos humanos, a articulação entre o executivo estadual e as esferas municipal e federal e a valorização dos profissionais do sistema de segurança no Estado.

O Plano Estadual de Segurança pretende intervir sobre a realidade da segurança pública diagnosticada no Estado. Neste sentido, e de maneira sintética, os programas e seus respectivos projetos são os descritos a seguir.

- programa de valorização e formação profissional, com os projetos do Curso Básico de Integração Policial, de Capacitação Profissional de Policiais Militares, de Capacitação Profissional de Policiais Civis, e Acompanhamento Psicossocial;

- programa de gestão do conhecimento, com o projeto do Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS) —subdivido nos Centro Integrado de Atendimento e Despacho (CIAD), Centro Integrado de Informações de Defesa Social (CINDS) e o projeto de Sistematização de Dados e Produção Estatística;

- programa de reorganização institucional, com os projetos de Diagnóstico Institucional, Polícia Comunitária e Áreas Integradas de Policiamento;

- programa de estruturação e modernização da perícia, com o projeto de Unificação e Modernização dos Institutos de Criminalística e Medicina Legal da Polícia Civil;

- programa de prevenção criminal, com os projetos de Controle de Homicídios e Olho Vivo;

- programa de Controle Externo e Participação Social, com o projeto de Fortalecimento da Ouvidoria de Polícia;

- programa de gerenciamento de crises e conflitos, com o projeto de Gestão Pública de Conflitos Agrários e Tensões Rurais e o projeto Paz nos Estádios;

- e, por último, o programa de repressão qualificada, com os projetos de Revitalização das Ações Policiais em Áreas de Criminalidade Violenta e Combate às Organizações Criminosas.

Deve-se ainda destacar que o Plano estadual de segurança tem a seguinte meta estruturante: manter a incidência da criminalidade violenta em Minas Gerais ao final do ano de 2003 nos mesmos níveis constatados ao final do ano de 2002 e diminuir em 10% esses níveis até o final do ano de 2004.