O evento reuniu, desde o dia nove de janeiro, mais de 250 adolescentes de dez unidades, nas seguintes modalidades esportivas: xadrez, tênis de mesa, peteca, vôlei, handebol e futsal. A 3ª Olimpíada é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), em parceria com a Organização Civil de Interesse Público (Oscip) “De Peito Aberto”.

A diretora de Formação Educacional e Profissional da Suase, Érika Vinhal, destaca que a prática de esportes ajuda na convivência entre os adolescentes e com todos os envolvidos na dinâmica das políticas socioeducativas. “Aprender a lidar com regras, limites e buscar atitudes saudáveis são benefícios muito visíveis, durante e depois de atividades deste tipo. Na realidade eles se perpetuam e passam a fazer parte da cultura institucional”, afirma Vinhal.


Determinação

imagem_030.jpgOs agentes socioeducativos tem um papel fundamental no cumprimento do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), como por exemplo, a realização de atividades esportivas e culturais. O agente socioeducativo Vinicius de Souza Rocha, do Centro Socioeducativo de Justinópolis é um exemplo de servidor empenhado na transformação da vida dos adolescentes que cumprem medidas. Ele foi escolhido para técnico da equipe de futsal que levou o primeiro lugar na categoria. Logo após a vitória de 4 X 0 contra a equipe do Dom Bosco, ele revelou um segredo dos jogadores: “desde a primeira partida eles disseram que seriam os campeões e isto se realizou, graças ao empenho e disciplina e dos adolescentes”. Rocha relatou também que os jovens atletas são inteligentes e transferem para suas vidas pessoais o que aprendem na prática esportiva.
 Na contagem geral de todas as modalidades em primeiro lugar ficou o Centro Socioeducativo Santa Clara, com 111 pontos, e nos segundo e terceiro lugares Sete Lagoas e Horto, respectivamente com 99 e 70 pontos.

imagem_041.jpgArbitragem pedagógica

Quando tocava o apito em uma partida de futsal, vôlei, handebol ou qualquer outra modalidade esportiva os adolescentes atletas sabiam que isto era feito por gente preparada. Todos os árbitros fazem parte da Federação Esportiva Estudantil de Minas Gerais, e eles atuam de uma forma que vai além do esperado para o profissional responsável pelas regras do jogo. “Estes árbitros explicam as regras, orientam e conversam sobre as atitudes dos jogadores, para provocar reflexões e mudanças de postura”, explica Wenceslau Madeira, diretor do Projeto SuperAÇÃO, da OSCIP “De Peito Aberto”.


 

 

                                                                                                                 imagem_096.jpg

Deu samba


A quadra esportiva do Centro Socioeduativo Dom Bosco recebeu, depois das entregas das medalhas e troféus, a porta-bandeira, uma passista,  e integrantes da bateria da Escola de Samba da Cidade Jardim para prestigiar o encerramento da Olimpíada. Os adolescentes dos Centros Socioeducativos Santa Terezinha, Horto e São Gerônimo estão produzindo, para o carnaval deste ano, fantasias para uma das alas da escola que tem o sugestivo nome de “Sonhos de Liberdade”. O tema da Cidade Jardim será “Liberdade –  O Outro Nome de Minas”. 

 

      Fotos: Bernardo Carneiro