Os trabalhos são desenvolvidos pela Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) em parceria com o Instituto Ajudar, e tem como objetivo estimular e desenvolver nos jovens cumpridores de medidas socioeducativas uma noção crítica da realidade que o cercam, além de trabalhar a leitura e a escrita.

As oficinas de música e artes plásticas das Casas de Semiliberdade promovem transformações nos jovens, por meio das atividades culturais. A subsecretária de Atendimento às Medidas Socioeducativas, Camila Nicácio, destaca que é importante buscar e valorizar aspectos do universo dos jovens neste processo, para conseguir a adesão e resultados positivos. “As Casas de Semiliberdade são locais de passagem, mas as letras das músicas ficam, principalmente, por terem sido escritas pelos adolescentes”, reforça a subsecretária.

cd rap1 mini.jpgForam selecionadas músicas de 23 jovens para o CD Conexão Rap e Funk das seguintes Casas de Semiliberdade: Ipiranga, São João Batista, Letícia, São Luís e Santa Amélia, todas em Belo Horizonte.

Conexão com a realidade

“O rap significa compromisso e faz com que o jovem pense sobre sua própria vida, a transformação pode não chegar de imediato, mas fica plantada na mente”, garante o rapper Russo, responsável pelas oficinas de música. A maioria das músicas trata da própria história dos jovens e são escritas após conversas, com a participação de todos e troca de experiências.

A defensora pública da Infância e Juventude, Emília Eunice Alcaraz Castilho, esteve no evento para conhecer o trabalho dos jovens e afirmou que acredita no trabalho desenvolvido na semiliberdade, especialmente quando se usa a música.

 

Crédito foto: Bernardo Carneiro