Segundo a diretora de segurança do Complexo Penitenciário, Luciana Oliveira, o contato com a arte desenvolvida no meio externo é fundamental no processo ressocialização.  “A recepção das internas foi excelente, pois elas se mostraram muito animadas e elogiaram a iniciativa”, completou.
A ideia de levar os 20 integrantes do Ballet Jovem à unidade prisional foi da coordenadora do Grupo Espírita André Luiz, Roseli Simão, que há 25 desenvolve um trabalho de assistência religiosa junto às detentas da Estevão Pinto. Ela explica que o objetivo dessas apresentações de arte é despertar o interesse das internas por novas perspectivas. “A música e a dança levam harmonia e equilíbrio, resgatando os valores internos”, declarou.
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Para a diretora artística do Ballet Jovem, Andrea Maia, a apresentação foi uma troca e significou muito para as detentas e para os bailarinos.  “Eles puderam perceber como a arte atinge os mais diferentes públicos”, avaliou. A coordenadora de Extensão da Fundação Clóvis Salgado, Lúcia Ferreira, ainda completa: “Essa mostra foi uma forma de contribuirmos com as ações de ressocialização que já são desenvolvidas pelo Estado”.

Ballet Jovem Palácio das Artes

O Ballet Jovem foi criado em 2007 com o objetivo de valorizar o protagonismo juvenil nas áreas artística e cultural, preparando seus bailarinos para a atuação em grupos profissionais já estabelecidos no mercado.  O projeto é composto por jovens a partir de 15 anos e só em 2012 já conquistou os títulos de “Maior Público de Dança”, “Melhor Concepção Coreográfica” e “Melhor Bailarino”, oferecidos pelo Prêmio Usiminas/Sinparc. A companhia de dança encerra a temporada deste ano com 42 espetáculos e mais de 30 mil espectadores.