Os nove inquéritos apuraram a autoria do assassinato de 14 pessoas, tendo os crimes ocorrido entre 2007 e 2013, em Ipatinga e municípios vizinhos. Eles resultaram no indiciamento de 16 pessoas por homicídio, incluindo entre elas seis policiais civis e três militares. Outras três pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
 
O jornalista Rodrigo Neto Faria foi morto com três tiros, na madrugada de 8 de março de 2013, no bairro Canaã, em Ipatinga. Pouco mais um mês depois, no dia 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho também foi morto a tiros, em um pesque e pague da cidade de Coronel Fabriciano. As investigações resultaram no indiciamento de Alessandro Neves Augusto, conhecido como Pitote, pelas duas mortes. No assassinato de Rodrigo Neto, ele agiu com a ajuda do policial civil Lúcio Lírio Leal.
 
Ao abrir a entrevista coletiva nesta terça-feira, o Chefe da Polícia Civil, delegado Cylton Brandão, lembrou a complexidade das investigações e elogiou o trabalho realizado sob a coordenação do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ele informou que os desdobramentos dos inquéritos certamente resultarão em procedimentos administrativos contra os policiais envolvidos e ainda contra outros que, eventualmente, forem implicados nos casos em apuração.
 
O chefe do DHPP, delegado Wagner Pinto, assegurou que outros cinco inquéritos continuam em andamento e que o trabalho da Força Tarefa Ipatinga continua, com o apoio da equipe da Delegacia Regional de Ipatinga. Os delegados Emerson Morais, Delmes Rodrigues e Alessandra Wilke, que presidiram os nove inquéritos apresentados, forneceram detalhes da investigação aos jornalistas, exaltando o apoio do Serviço de Inteligência e do Instituto de Criminalística da Polícia Civil.
 
Veja, a seguir, detalhes da investigação dos nove inquéritos: https://docs.google.com/file/d/0B9KEpInCwqkPczlIbkhESjJtOHc/edit?pli=1