Busca avançada

“Quebrando uma parede aqui, ampliando uma sala ali, tirando uma janela de uma parede e colocando em outra, trocando um piso, refazendo a pintura...”. É assim que diretor do Presídio de Congonhas, Leonardo Badaró, resume o movimento feito pelos servidores, ajudados por pessoas e instituições da comunidade local, para fazer uma reforma ampla na unidade do começo de 2015 para cá. “Foi unindo esforços que conseguimos fazer essas mudanças. A meta agora é construir salas de aula, biblioteca e galpões de trabalho”, planeja o diretor.

Para ter salas mais amplas, ventiladas, banheiros melhores e pátio de banho de sol reformado, melhorando o atendimento aos presos nas áreas de saúde e assistência jurídica, por exemplo, foi necessário que os próprios arregaçassem as mangas. Oito detentos trabalharam nas obras em troca de remição de pena: um dia de desconto a cada três trabalhados.

Renata Cavalieri Varandas, do quadro de analistas técnico jurídicos do presídio, comemora as melhorias. “Antes ficávamos todos juntos em uma sala e eu não conseguia fazer um atendimento individualizado do preso, que ficava inibido em tratar de sua situação jurídica”, explica a servidora, que ganhou uma sala arejada e exclusiva.

As reformas também beneficiaram de outras maneiras os servidores, como no caso do vestiário, usado, principalmente, pelos agentes de segurança penitenciários, na entrada e saída do trabalho. Curiosamente, foi um preso com experiência de pedreiro que sugeriu a demolição de uma parede para ampliar a instalação.

A Prefeitura Municipal e empresários foram doadores importantes de materiais e serviços. Mas as obras foram impulsionadas também por uma soma de pequenas contribuições, como a do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de Congonhas, Geraldo de Freitas, que doou as peças de revestimento de piso.

Nos próximos meses, R$ 46 mil provenientes de penas de prestação pecuniária, serão utilizados para a construção de guarita e alambrado para cercamento da área externa do estabelecimento prisional. O projeto será executado pelo Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep).

Por Flávia Lima

Fotos: Carlos Alberto/ Imprensa MG