Servidores do sistema socioeducativo da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e da Coordenação de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Educação (SEE) promoveram na última quinta-feira, 01.06, uma roda de conversa com diretores de escolas que atendem adolescentes em cumprimento de medidas em semiliberdade, especialistas, professores, pedagogos e diretores de casas de acolhimento e representantes das Superintendências Regionais de Ensino Metropolitanas A, B e C.
Segundo Poliana de Souza Vieira Leal, da SEE, o encontro teve como objetivo estreitar relações entre as ações das duas secretarias e melhorar o fluxo de atendimento a esses jovens, por parte das escolas da rede estadual. Durante o evento, os participantes foram divididos em cinco grupos que debateram os temas: sujeitos e educação em direitos humanos; currículo e saberes docentes e dos estudantes; formação docente; acolhimento de adolescentes em cumprimento de medidas nas escolas regulares e o trabalho da equipe responsável pela execução da medida socioeducativa de semiliberdade. No final do encontro, eles apresentaram as conclusões e sugestões.
Renata Buonincontro Caldas Maia, pedagoga da Casa de Semiliberdade Venda Nova, considerou a roda de conversa muito positiva. “Espero que esses encontros se repitam, porque promovem avanços na compreensão das escolas em relação aos jovens da semiliberdade”.
“Espero que a roda atinja seu objetivo de fortalecer as relações entre o semiaberto com as escolas e que possamos estabelecer um fluxo de entrada desses alunos no sistema educacional público de forma a garantir sua permanência na unidade de ensino”, explicou Edilton Araújo Rocha, gerente de formação educacional da Superintendência de Atendimento Socioeducativo da Sesp.
Diretor da Escola Estadual Três Poderes, Alber Fernandes , que acolhe em torno de 20 alunos do sistema, disse que há todo um preparativo para receber esses jovens. “Fazemos uma reunião antes de integrá-los à escola, explicando as regras e a importância da oportunidade que estão recebendo”.
Semiliberdade
A Região Metropolitana de Belo Horizonte conta com sete casas de acolhimento, com capacidade para 20 jovens cada uma. A maioria está situada nas regiões da Pampulha e Venda Nova. A política de execução da medida de semiliberdade prioriza o desenvolvimento de um trabalho com as famílias e a construção de parcerias com a rede de saúde e educação, de forma a possibilitar a utilização dos espaços públicos pelos adolescentes.
"Este é mais uma roda de conversa. A ação teve início no ano passado. São momentos de ouvir sugestões e trocar experiências para que possamos criar políticas públicas de atendimento a esses jovens", disse Kessiane Goulart, coordenadora de Educação em Direitos Humanos da SEE.
Por: Elian Oliveira (ACS/SEE-MG)
Fotos: Elian Oliveira