A abertura, na noite de terça-feira (21.07), contou a apresentação de orquestra integrada, composta por músicos, maestros e coralistas das polícias civil e militar e do Corpo de Bombeiros, além da participação de agentes penitenciários e jovens do programa Fica Vivo! O coral Vozes das Celas, formado por detentos do presídio de São Lourenço, emocionou o público de cerca de 800 pessoas, executando o Coro dos Escravos Ebreus, da ópera Nabuco, de Verdi, e Conquista do Paraíso, de Vangelis, sob a regência dos maestros José Henrique Martins e Tisso Montezzi, respectivamente. O grupo foi aplaudido de pé.


“Isso é uma pequena amostra do trabalho de ressocialização que pode e deve ser feito pelos sistemas prisionais. Não faz sentido trabalhar, simplesmente, com a contenção de pessoas”, ressaltou o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior. Ele também elogiou a performance da orquestra integrada e disse que a atuação dos músicos era exemplar do processo de integração das polícias, iniciado em 2004. Campos Júnior lembrou ainda que este modelo de gestão integrada evita o dispêndio de esforços e a fragmentação da segurança pública. “Somos sistema, onde o papel de cada ator está bem alinhado em um processo de soma”, falou.


Mas a sociedade civil também teve voz. Representando a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, José Honorato Ameno pontuou que, pela primeira vez no país, diversos entes responsáveis pela segurança pública reúnem-se à mesma mesa. Ele informou que a comunidade a qual representa está preocupada com o grande número de mortes por acidentes no Estado. “Queremos buscar soluções para a BR 381, conhecida como “Rodovia da Morte”. Segundo ele, pesquisa recente feita pela Grande Loja Maçônica revela que, em 2008, 2055 pessoas ficaram feridas no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Dessas,138 morreram.


Já para o Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Renato Vieira de Souza, a discussão em torno da valorização profissional dos agentes de segurança e a repressão qualificada devem ser os pontos altos do encontro. “Os sete eixos temáticos são importantes, mas esses dois devem causar discussões mais acirradas e merecem atenção especial”, avaliou. Por sua vez, o chefe da Polícia Civil, delegado Marco Antônio Monteiro de Castro, acredita que a prioridade agora deva ser a busca por uma maior integração com os órgãos da Justiça, visando maior agilidade dos processos. O defensor público Belmar Azze concorda e lembrou que a defensoria pública é um campo fértil para a promoção da cidadania.


No segundo dia, nesta quarta-feira (22.07), uma mesa de trabalho composta por representantes da sociedade civil, do poder público e dos trabalhadores da área de segurança discutiu a metodologia Conseg, proposta pelo Ministério da Justiça. O representante do segmento Trabalhadores de Segurança Pública, Denílson Martins, ressaltou que a segurança pública não pode ser vista como algo estanque. “Ela tem que ser discutida e posta em prática de forma integrada, intersetorial, e isso inclui a participação do cidadão comum. Essa responsabilidade não é dever só do Estado”, destacou Denílson, que é vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia de Minas Gerais (Sindipol-MG).


No terceiro e último dia de trabalho, dia 23, acontece, às 8h30, a votação dos princípios e diretrizes e, às 10 horas, a eleição daqueles que representarão Minas em Brasília. A parte da tarde será reservada à votação de desempate e à apresentação do resultado final dos trabalhos. No encerramento está prevista uma apresentação cultural.

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