BELO HORIZONTE - A Academia de Polícia Militar - APM promoveu na sexta-feira (10/07), a solenidade de entrega do Espadim Tiradentes alunos a alunos do 1º ano do Curso de Formação de Oficiais - CFO. Participam da cerimônia, o Comandante da APM, Coronel Fábio Manhães, autoridades militares e civis, além de familiares dos agraciados.
O evento simboliza a honra, o dever, o respeito e os valores institucionais, materializados na entrega do Espadim Tiradentes aos cadetes do 1º ano do Curso de Formação de oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiro Militar. Recebem o Espadim 80 cadetes da Polícia militar e 62 do Bombeiro Militar. Desses 26 são do Espírito Santo, 16 cadetes femininas e 128 cadetes masculinos.
O Espadim Tiradentes é o símbolo de honra e dignidade dos Cadetes de todas as Polícias Militares do Brasil. Ele completa o uniforme do Cadete da Corporação. O cerimonial de entrega do Espadim acontece todos os anos, quando o cadete do 1° ano do CFO recebe o símbolo em solenidade na APM. A cerimônia é dirigida pelo Chefe Divisão de Ensino e pelo Capitão Comandante da Companhia de Cadetes.
PRIMEIRA VEZ
O Espadim Tiradentes foi entregue pela primeira vez na PMMG em 1957. Recebeu essa denominação como reverência e culto à memória do Mártir da Inconfidência, patrono de todas as Polícias Militares do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Mineiro de Pombal, ele era Alferes do Regimento de Cavalaria.
Homem de caráter ardente e entusiasta, Tiradentes participou da Conjuração Mineira e, por isso, foi preso e condenado à morte, enquanto a pena dos outros envolvidos no movimento foi comutada em degredo. Enforcado em 21 de abril de 1792, Tiradentes lutou pela independência do Brasil, mas não conseguiu ver seu intento realizado, o que veio a ser concretizada com Dom Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822.
CZARES
O Espadim é oriundo dos czares russos. Alexandre III, no comando do exército e em comemoração à vitória sobre Varna, no século XIX, determinou a um armeiro que fabricasse pequenas espadas para distribuí-las aos príncipes do Império Russo.
Elas as usariam até estarem aptos a exercer a função de comando, quando, então, as trocariam pelas espadas extraordinárias com monogramas, inscrições ou brasões incrustados ou gravados na sua guarda aberta, sendo este o verdadeiro símbolo do comando. O Espadim tornou-se conhecido ao ser utilizado na cerimônia de casamento de Nicolau II, filho do Czar Alexandre III, com a Princesa Alix, neta da Rainha Vitória, da Inglaterra.
Tornando seu uso costumeiro pelos jovens aristocratas da época, filhos de nobres oriundos das escolas militares, o Espadim foi amplamente difundido na Europa, sendo de uso obrigatório nas escolas militares e nas grandes cerimônias em todo o mundo.
O Espadim firmou-se como símbolo do estudante militar que se inicia na dura jornada rumo ao oficialato, sendo o primeiro fruto a que faz jus o cadete, por sua honra, caráter e capacidade demonstrados em seu primeiro ano de vida acadêmica. O Espadim representa, portanto, o primeiro símbolo de comando e integração à vida militar.
Fonte: www.pmmg.mg.gov.br
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