A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Subsecretaria de Prevenção Social à Criminalidade (Supec), reuniu autoridades e integrantes de programas de proteção à juventude no Auditório da Associação Médica de Minas Gerais, nesta terça-feira (19/12). O encontro foi marcado para a apresentação de um seminário com o tema “O Egresso e a rede de proteção social: reflexões sobre as articulações, possibilidades e desafios”; o objetivo é fomentar um espaço de reflexões às equipes técnicas e a todos da rede de proteção que atuam em parceria com o programa Se Liga – que atende o público egresso das unidades socioeducativas do estado.
A subsecretária de Atendimento Socioeducativo da Sejusp, Giselle da Silva Cyrillo, frisou a importância do evento, que serve para potencializar e fortalecer o trabalho que está sendo desenvolvido em Minas Gerais, e que marca os 20 anos de programas preventivos no estado. “Temos um arcabouço de expedientes voltados ao fortalecimento da proteção e da responsabilização de jovens, que está estruturada por todo o caminho das políticas de atendimento à juventude, apesar de todos desafios. É importante termos repertório para continuarmos. Minas é um estado pioneiro na implementação de uma metodologia consistente e qualificada e estamos com os olhos voltados a isso, voltados aos egressos, e temos alcançado ótimos resultados”, destacou.
A fala da subsecretária foi endossada pelo subsecretário de Prevenção Social à Criminalidade da Sejusp, Matuzail Martins da Cruz. “São nessas discussões que trazemos preocupações, pois essa rede precisa estar muito unida, já que uma tangencia a outra. A caminhada da juventude é uma trajetória permeada por atividades cruciais na construção da civilidade como um todo, e essa é uma das nossas principais preocupações”, concluiu.
Programa Se Liga
O Se Liga é desenvolvido pela Subsecretaria de Prevenção Social à Criminalidade (Supec), em parceria com o Instituto Elo, e acompanha adolescentes e jovens egressos das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade em Minas Gerais. No programa são construídas alternativas ao envolvimento com a criminalidade as quais eles consigam sustentar, que rompam com estigmas e fomentem uma rede de proteção que interfira na redução do índice de reincidência nas trajetórias infracionais e de risco para esses jovens.
A coordenadora do programa, Vanessa Serva Maciel Golgue, esclarece que "diante dos desafios no atendimento ao público-foco, o seminário contribui para o desenvolvimento de práticas mais acolhedoras, inclusivas e eficientes na rede de proteção social, fortalecendo assim os esforços em prol de uma sociedade mais justa e segura".
Texto: Letícia Lopes de Souza
Fotos: Victor Laia