O Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do bairro Jardim Leblon, acaba de completar seis meses de funcionamento e já se tornou alvo de investimentos voltados para sua ampliação. As novidades foram apresentadas à comunidade e à rede de parceiros como uma resposta da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) aos índices de violência registrados nas vilas Polônia e do Índio, localizadas na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.

No espaço atuam dois programas da Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec). Um deles é o Fica Vivo!, que atende aproximadamente 110 jovens, da faixa etária entre 12 e 24 anos, em dez oficinas. Já o Mediação de Conflitos promove cerca de 50 atendimentos mensais que visam, por meio do diálogo, solucionar os problemas do dia a dia, evitando que sejam acionadas desnecessariamente as ferramentas tradicionais da Justiça.

O evento que marcou o anúncio da ampliação teve a participação de gestores do núcleo, técnicos e estagiários dos programas, reunindo ainda alunos das oficinas, comunidade, parceiros e a equipe da Spec. A superintendente de Prevenção à Criminalidade, Fabiana Lima Leite, ressaltou a importância dos 38 NPCs espalhados por locais com altos índices de criminalidade em 13 municípios de Minas Gerais. “Os núcleos são um equipamento público para a prevenção, mas, acima de tudo, para construção de soluções para o problema da criminalidade. E por ser uma política nova, está em transformação constante, sendo fundamental a participação de todos”, pontuou.

Resultados

Mesmo com pouco tempo de funcionamento, o núcleo Jardim Leblon já tem apresentado resultados positivos. Atualmente, a meta principal é que se possa atingir o maior número de pessoas da comunidade. De acordo com a gestora do núcleo, Ana Dorotéia Vinci de Almeida, a quantidade de atendimentos e de jovens inscritos nas oficinas é indício de que a proposta vem sendo bem aceita localmente. Para reforçar a visibilidade entre os moradores, o programa Mediação de Conflitos tem focado suas ações em tornar o núcleo conhecido pelas lideranças e instituições presentes na comunidade.

Outra concretização dos bons resultados mostrada durante a solenidade consistiu na apresentação de alunos da oficina de dança de rua do Fica Vivo!, que apresentaram ritmos variados, nacionais e internacionais. O adolescente D.J.M.C, de 17 anos, integrante do grupo, contou que sempre que não está trabalhando, se reveza entre as aulas de dança e capoeira oferecidas pelo NPC. O jovem já cumpriu medida de internação provisória e destaca que tais atividades têm um significado bastante especial para ele. “Eu estava envolvido com a criminalidade, mas o Fica Vivo! me ajudou a sair desse caminho. Fiquei dois meses internado e consegui me reintegrar”, comemora.

Além das oficinas de dança de rua e capoeira, o núcleo disponibiliza outras opções para seus freqüentadores, como aulas de percussão, teatro, música, bordado e pedraria, futebol de campo, futsal, informática e grafite. A expectativa é de que ainda no decorrer deste mês de maio, sejam implantadas três outras atividades.

 

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