Os participantes se dividiram, na parte da manhã, em três grupos temáticos. Foram formados os grupos de cultura, o de inclusão produtiva e o que abrangia a inclusão produtiva, hip hop, capoeira e lutas, além esporte módulos 1, 2 e 3. No período da tarde, os oficineiros assistiram à palestra da secretária de Direitos Humanos de Fortaleza, Glória Diógenes.

De acordo com a diretora de Promoção Social da Juventude da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Kátia Simões, o encontro já faz parte da agenda anual do programa Fica Vivo!. “As discussões demonstram como, através da transmissão de um ofício, os oficineiros conseguem se aproximar dos jovens e discutir questões de território, violência e juventude”, relata.

Para Kátia Simões, as oficinas do Fica Vivo! tem dois diferenciais importantes: a liberdade de participação e o respeito aos jovens na colocação das questões próprias de sua realidade. “Não estamos aqui para ensiná-los a serem cidadãos, mas para problematizar com eles o que é ser cidadão”, destaca.  

Participação

O oficineiro Wilton Oliveira dos Santos ensina futsal a 90 adolescentes do bairro Palmital, em Santa Luzia. Ele conta que durante as aulas, eles discutem mais do que táticas e jogadas. “Conversamos sobre drogas, criminalidade e como podemos construir uma comunidade melhor”, resume. Davidson Luis Nascimento, também do Fica Vivo! do Palmital, participou dos encontros anteriores e conta que considera o evento um momento essencial para a motivação e o aprimoramento do trabalho. “É uma injeção de energia e traz muitas experiências novas”, explica.

A superintendente de Prevenção à Criminalidade da Seds, Fabiana de Lima Leite, reforça a importância do seminário para a construção e reforço de uma identidade de grupo entre pessoas que, apesar de viverem em espaços plurais e peculiares, vivenciam problemas semelhantes. “Mais que executores de políticas públicas, os oficineiros são um braço do Estado, com capacidade de falar pelas comunidades. Avançamos muito na participação da população na construção de uma política de segurança pública que não se ampare meramente nos instrumentos de repressão”, afirma. 

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