A oficina foi realizada pelo Instituto Ajudar em parceria com o Centro Cultural Lagoa do Nado e teve participação de adolescentes que estão cumprindo medida socioeducativa em casas de semiliberdade geridas pela Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) em Belo Horizonte. Para o desenvolvimento da temática, os oficineiros foram capacitados pelo Observatório do Milênio, da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Belo Horizonte.

A superintendente de Gestão das Medidas de Meio Aberto e Articulação da Rede Socioeducativa da Suase, Ludmilla Feres Faria, explica o papel das oficinas no cumprimento da medida socioeducativa. “A finalidade da medida é responsabilizar o adolescente pelo ato infracional. As oficinas são o meio que a gente utiliza para o adolescente expressar o seu jeito de ver o mundo, para criar entre eles uma identificação. Não como adolescentes que estão cumprindo medida socioeducativa, mas adolescentes grafiteiros, adolescentes cantores de rap...” esclarece. Para ela, a exposição é uma forma deles mostrarem à sociedade esse outro lado do que fazem.

A coordenadora de projetos da semiliberdade do Instituto Ajudar, Ana Carolina Ribeiro, acrescenta, ainda, o aspecto profissional da atividade. “A oficina contribui para o cumprimento da medida porque é hora de ter contato com a arte, de aprender um ofício que pode virar, até mesmo, uma perspectiva de trabalho. Quando o adolescente se apropria, vai além da medida”, afirma.

Objetivos do Milênio

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, em 2000, os oito Objetivos do Milênio: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

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